SONETO
DO ESTRANHO
A
geometria de Euclides me ampara,
mas a de Einstein é que me põe perplexo:
me exibo em versos côncavos-convexos,
minha rosa de rima é curva e clara.
mas a de Einstein é que me põe perplexo:
me exibo em versos côncavos-convexos,
minha rosa de rima é curva e clara.
A
cicatriz da mágoa tem reflexos
ou se propõe na angústia que não pára.
A flor do lodo, flor do asfalto enfara
se a lésbica mulher mudar de sexo.
ou se propõe na angústia que não pára.
A flor do lodo, flor do asfalto enfara
se a lésbica mulher mudar de sexo.
O
que não muda é o homem (ser estranho)
o ser recente excelso de um rebanho
que ainda em hordas ríspidas resiste.
o ser recente excelso de um rebanho
que ainda em hordas ríspidas resiste.
A
minha rosa é côncava-convexa,
agora o que não sei nesta conversa
é o que Einstein e Euclides tem com isto.
agora o que não sei nesta conversa
é o que Einstein e Euclides tem com isto.
Altino
Caixeta de Castro
Nasceu
em Patos de Minas (MG), no dia 04 de agosto de 1916, e ali faleceu em
28 de junho de 1995. Conhecido, literariamente, como Leão de
Formosa. Mudou-se para Brasília em 1970. Diplomado em Farmácia e em
Bioquímica. Pertenceu a Academia Mineira de Letras.
Filho
de Leão Theotonio de Castro e Júlia Fernandes Caixeta. Casado com
Alfa Amorim de Castro em 30 de maio de 1952 com quem teve os filhos
Ronaldo, Rosangela e Rossele.
As
primeiras letras na Fazenda Campo da Onça. Curso ginasial no
“Ginásio D. Lustosa”, em Patrocínio. Diplomou-se Farmacêutico
Bioquímico pela Escola de Odontologia e Farmácia da Universidade de
Minas Gerais. Tendo sido o Orador da turma. Redator de “O Ideal”,
jornalzinho do ginásio onde publicou os seus primeiros poemas
parnasianos simbolistas, já com a marca de seu lirismo persistente.
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