É
TARDE
Na
sombra, assim, esconde-te alma triste,
não
procures o sol que esplende, fora,
Oh!
Não te aquecerá, da tua aurora,
do
teu dia de luz, já nada existe.
Se
a um raio ousado e quente o selo abriste,
se
a tua noite te hororisa agora,
pensa
que é tarde, e soluçando chora
que
as lágrimas são bálsamo. Resiste
Lembram-te
sei, alfombras orvalhadas
todas
cheias de luz e de violetas,
as
pombas pelo azul em revoadas,
as
ondas do mar alto, irrequietas,
as
montanhas ao longe, iluminadas...
Morre!
Mas cala as máguas indiscretas.
Adelina
Amélia Lopes Vieira
Adelina
Amélia Lopes Vieira (Lisboa, Portugal, 1850 — Rio de Janeiro
1922.). Formou-se professora pela Escola Normal no Rio de Janeiro,
por volta de 1870. Em 1886 ocorreu a publicação de seu livro Contos
Infantis,
escrito com a irmã Júlia Lopes de Almeida , reunindo 31 contos em
verso de sua autoria. Em 1899 atuou como colaboradora de A
Mensageira,
"revista literária dedicada à mulher brasileira",
dirigida por Presciliana Duarte de Almeida. No começo do século XX,
escreveu as peças teatrais A
Virgem de Murilo, As Duas Dores, Expiação, e traduziu a comédia
teatral A Terrina,
de Ernesto Hervelly. Adelina Lopes de Almeida escreveu obra pioneira
da poesia infantil brasileira; junto a outros intelectuais, como
Francisca Júlia e Olavo Bilac, ajudou a criar literatura para
crianças genuinamente nacional
Fonte: http://pt.poesia.wikia.com
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4 comentários:
Não lembro se já li algo dela aqui! Linda, profunda poesia! abraços,chica
Oi Rosemildo
Um belo poema, que mais parece um lamento. Não conhecia a autora.
Abraço
Rosemildo
Desconhecia a poetisa, teor do poema não engana.
Mais uma vez, me agradou ler a pequena biografia.
Abraço
Bello poema querido amigo. Gracias por visitarme, eres bienvenido siempre.
Un beso y un abrazo desde argentina.
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