segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Imperceptivelmente.


IMPERCEPTIVELMENTE
Assim como uma sombra, que simplesmente passa sem ser notada nem sentida, tu, imperceptivelmente, passaste na minha vida.”
R.S. Furtado 

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Felicidade.


FELICIDADE

Sempre que a procurava, era inútil, ela não ligava,
Fingia não me ver, seguia em frente, ia embora.
E eu numa tristeza infinda, me mal dizia, me amargurava,
Mas, insistia no meu intento, em todo momento, a toda hora.

Às vezes, eu por ela passava e humildemente a olhava
Na esperança que um dia, na minha vida ela entrasse.
E indiferente a tudo, como sempre ela me ignorava,
Tirando-me a ilusão que da minha vida compartilhasse.

Com muita obstinação continuei, da luta jamais desisti,
Sem relutar dei tudo de mim, o possível e o impossível.
Cansei, tropecei, caí, levantei, investi na batalha, persisti,
Decididamente não esmoreci, acreditei ser previsível.

Hoje, dou graças ao Senhor por me ter proporcionado,
Saber da força do seu poder e da sua infinita bondade.
Pois ao acordar, como um lindo troféu estava ao meu lado,
A minha querida tão sonhada e almejada felicidade.

R.S. Furtado 

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Saudades.


SAUDADES
Quando a pessoa sente saudades de algo, é porque em algum momento da vida já foi feliz. Pior é aquele que não tem o porquê, ou por quem sentir saudades.” 
 R.S. Furtado

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Desilusão.


DESILUSÃO

Que mais importância tem viver, se a vida,
Já não é a mesma de antes feliz, e vivida,
Nos saudosos tempos de outrora?
Pra que serve mais viver, se a saudade,
É tudo que me restou, e que me invade,
Em todo momento, e a qualquer hora?

Partiu de mansinho, sem nenhuma despedida,
Nem sequer pensou que a sua partida,
Chegasse a ferir de alguém, o coração.
Levou consigo a alegria e a felicidade,
De um ser que jamais esperou tanta maldade,
E uma prova de tamanha ingratidão.

Sem alento, desprezado e de coração partido,
Sigo caminhando sozinho e desiludido,
Neste mundo cruel e sem compaixão.
Descrente do amor e descrente de tudo,
Desisti de amar, pois assim não me iludo,
Nem tampouco degrado, meu pobre coração.

E, por nada mais ansiar, e nenhuma esperança,
Seguirei meus passos, só com a lembrança,
Dos dias felizes, com muito amor e paixão.
Levarei na bagagem muita dor e sofrimentos,
Saciarei minha sede com os meus tormentos,
E matarei minha fome, com a minha desilusão.

R.S. Furtado