sábado, 26 de novembro de 2011

Soneto.


SONETO 

Ouviu-te a voz longínqua sobre os mares 
A quilha da ameaça que os cortava 
E os homens que te ergueram seus olhares 
Descem a mão que a arma empunhava. 

Sobre os campos da terra e sobre os rios, 
Sobre o verde das ervas, sobre as fontes 
Pairam sinistras luas e sombrios 
Sóis projetam a sombra sobre os montes. 

Mas no horizonte lívido do dia 
Recuam quando passa a nuvem fria 
Os pássaros metálicos da morte. 

E na amplidão da luz que resplandece 
É de ti que surgiu a mão que tece 
A esperança nova à humana sorte. 

Arnaldo França 


Arnaldo Carlos de Vasconcelos França nasceu na cidade da Praia, Cabo Verde, em 1925. Graduado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa.    

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/

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8 comentários:

Anônimo disse...

BELO SONETO....

sempre um novo aprendizado...

desejo um bom final de semana...

deixo um grande bjo!


Zil

chica disse...

Lindíssimo soneto e não apenas ele.Escolheste uma maravilhosa imagem!!! abração,lindo fds,chica

Everson Russo disse...

Muito belo meu amigo...abraços de bom sábado.

Maria Rodrigues disse...

Lindissimo soneto. Nunca podemos perder a esperança por muito negros que sejam os nossos dias, afinal ela nos ajuda a seguir em frente.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria

Flor da Vida (Suelzy Quinta) disse...

Soneto profundo, tocante, e muito reflexivo!
Aplausos por mais este lindo e rico post meu querido amigo!!!

Carinhos de flor pra ti viu?
Beijos de Luz e Paz

José María Souza Costa disse...

eu vim mais uma vez, aolaudi a sua postagem, e lhe desejar um final de semana Harmonioso
Felicidades, sempre

Carla Fernanda disse...

LIndo soneto amigo!
Ando com saudades de ti!

Beijos

Carla Fernanda disse...

Sabe eu não estava conseguindo comentar aqui há uns dias já. Ficava tudo travado.

:D