SONETO
Ouviu-te a voz longínqua sobre os mares
A quilha da ameaça que os cortava
E os homens que te ergueram seus olhares
Descem a mão que a arma empunhava.
Sobre os campos da terra e sobre os rios,
Sobre o verde das ervas, sobre as fontes
Pairam sinistras luas e sombrios
Sóis projetam a sombra sobre os montes.
Mas no horizonte lívido do dia
Recuam quando passa a nuvem fria
Os pássaros metálicos da morte.
E na amplidão da luz que resplandece
É de ti que surgiu a mão que tece
A esperança nova à humana sorte.
Arnaldo França
Arnaldo Carlos de Vasconcelos França nasceu na cidade da Praia, Cabo Verde, em 1925. Graduado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa.
Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/
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8 comentários:
BELO SONETO....
sempre um novo aprendizado...
desejo um bom final de semana...
deixo um grande bjo!
Zil
Lindíssimo soneto e não apenas ele.Escolheste uma maravilhosa imagem!!! abração,lindo fds,chica
Muito belo meu amigo...abraços de bom sábado.
Lindissimo soneto. Nunca podemos perder a esperança por muito negros que sejam os nossos dias, afinal ela nos ajuda a seguir em frente.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria
Soneto profundo, tocante, e muito reflexivo!
Aplausos por mais este lindo e rico post meu querido amigo!!!
Carinhos de flor pra ti viu?
Beijos de Luz e Paz
eu vim mais uma vez, aolaudi a sua postagem, e lhe desejar um final de semana Harmonioso
Felicidades, sempre
LIndo soneto amigo!
Ando com saudades de ti!
Beijos
Sabe eu não estava conseguindo comentar aqui há uns dias já. Ficava tudo travado.
:D
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