PROMESSA DE AMOR
Construirei para ti uma casa terrestre,
feita de pão e luz e música,
onde caibas apenas tu
e não haja espaço para os intrusos
E quando, à noite nos amarmos,
como se amaram
o primeiro homem e a primeira mulher,
mandarei que repiquem os tambores
- para que saibam todos que voltaram ao mundo
o primeiro homem e a primeira mulher.
HOMO ANGOLENSIS
Mastiga a própria desgraça
com ela improvisa uma farra
precisa de uma boa maka
como do ar para respirar
acha o mundo demasiado pequeno
pró seu coração
ri à toa fornica por disciplina
revolucionária
jura que um dia será potência
gosta de funje todos os sábados
e foge do trabalho na segunda
mas fica limão
quando lhe querem abusar
João Melo
João Melo é escritor, jornalista, publicitário e professor. Nasceu em Luanda em 1955. Estudou Direito em Coimbra e em Luanda. Licenciou-se em Comunicação Social e fez o mestrado em Comunicação e Cultura no Rio de Janeiro.
Dirigiu vários meios de comunicação angolanos, estatais e privados. Membro fundador da União dos Escritores Angolanos (UEA), ocupou diversos cargos de responsabilidade nos respectivos órgãos sociais tais como secretário-geral, presidente da Comissão Directiva e presidente do Conselho Fiscal.
Atualmente, é diretor de uma agência de comunicação, dá aulas em duas universidades privadas e é deputado à Assembleia Nacional.
Definição, 1985, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
Fabulema, 1986, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
Poemas Angolanos, 1989, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
Tanto Amor, 1989, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
Canção de nosso tempo, 1991, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
O Caçador de Nuvens, 1993, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
Limites e Redundâncias, 1997, Luanda, União dos Escritores Angolanos.
Fonte: html.editorial-caminho.pt
17 comentários:
Vim deixar meu beijinho e te desejar uma ótima quinta-feira...Beijos & Flores...M@ria
Aqui deixo meu beijinho.
a simplicidade do teu sentir é belo como o despertar da aurora.
Beijos na alma......M@ria
Bela mensagem sobre a promessa do amor. quem dera eu, nos meus quase 25 anos, já ter encontrado alguém que me fizesse tal promessa... e não aquelas baseadas em castelos de areia.
gde beijo
olha já esto a ver que esta nossa interação sera muito boa lindo poema de jão melo, já li este mas nunca é demas voltar a saborer este lindo poema.força paz e amor
Promessa de amor é sempre bom na vida da gente,,,sempre,,,,super interessante os poemas,,,,abraços amigo e um dia na paz de Deus...
Um amor sem intruzos é tudo de bomk. Assim o alimento vem de quem interessa realmente,qdo tem interferências vai sujando o que nasce puro. Lindo de viver! Montão de bjs e abraços
Dose dupla de bom gosto e novidade. Como sempre.
Abração
Quantos talentos estou conhecendo aqui meu amigo!
Bjs.
no hay nada mas hermoso que el amor ...gracias por tus bonitas palabras a mi blog ...te dejo mi cariño y buen dia
un abrazo
Marina
Duas poesias angolanas maravilhosa. Promessa de amor sem espaço para os intrusos, é a melhor. Gostei!
BeijooO'
LIndo meu amigo, são das promessas que alimentamos um gosto de sonho, não deixando que as esperanças morram em nossos desalentos...
Adorei!
Feliz Quinta
Bjs
Livinha
Olá meu amigo, vim te desejar uma ótima quinta-feira e prestigiar mais um belo poema.
Beijokas... Sil
Furtado,poesia de uma beleza sem fim!Um amor sem travas,profundo e intenso!Adorei te visitar!Abraços,
Muito linnnnndo.
Obrigado amado pela visita.
Vamos ao Hexa rs.
Beijokas.
Canto para contar daquele instante/ quando o que mais amamos chega ao fim/ e um belo simulacro delirante/ usurpa-lhe o lugar; quando é assim/ que a arte desfaz da luz agonizante,/ convence a muitos, não comove a mim.
Bruno Tolentino.
Vim visitar teu blog e desejar uma linda noite, cheia de luz, poesia e inspiração.
Adorei conhecer a poesia de João Melo. Parabéns!
Com carinho da fada do Mar Suave.
Meu querido amigo
Lindos poemas, sempre magia nos poemas que escolhe.
Beijinhos
Sonhadora
Furtado, vim agradecer as palavras doce no meu blog.
Uma beleza tudo aqui.
E tudo o que fala de amor, me cala fundo na alma.
Voltarei!
Volte sempre, meu querido!
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