SONETO OCO
Neste papel levanta-se um soneto,
de lembranças antigas sustentado,
pássaro de museu, bicho empalhado,
madeira apodrecida de coreto.
De tempo e tempo e tempo alimentado,
sendo em fraco metal, agora é preto.
E talvez seja apenas um soneto
de si mesmo nascido e organizado.
Mas ninguém o verá? Ninguém. Nem eu,
pois não sei como foi arquitetado
e nem me lembro quando apareceu.
Lembranças são lembranças, mesmo pobres,
olha pois este jogo de exilado
e vê se entre as lembranças te descobres.
Carlos Pena Filho
Carlos Souto Pena Filho nasceu no dia 17 de maio de 1929 na cidade do Recife, onde fez sua vida de poeta. Em 1952 publicou seu primeiro livro de poesias, “O tempo da busca”. Em 1955, “Memórias do boi Serapião”, ilustrado por Aloísio Magalhães. “A vertigem lúcida” foi publicado em 1958, e, no ano seguinte, sua obra foi reunida no “Livro Geral”. Organizada por seu biografo Edilberto Coutinho, em 1983 foi publicada a antologia “Os melhores poemas de Carlos Pena Filho”.
Em parceria com Capiba, renomado músico pernambucano, foi autor de letras de músicas de sucesso, entre as quais destacamos “A mesma rosa amarela”, incorporada ao movimento da Bossa Nova na voz de Maysa.
Carlos Pena Filho morreu precoce e tragicamente no dia 1º de julho de 1960, vítima de um acidente automobilístico. Foi da redação do “Jornal do Commércio” — onde trabalhava — que pegou carona no carro de um amigo que se chocaria com um ônibus. No jornal assinou duas colunas: “Literatura” e “Rosa dos Ventos”. Cinco dias antes da sua morte, 26/6/60, foi publicado no “JC” seu último poema, que acima reproduzimos.
Fonte: Wikipédia.
12 comentários:
Água da vida,
saudades que castiga,
corre ligeira
para os braços do mar.
Feliz Domingo com amor & Paz! M@ria
Hoje venho agradecer seu carinho e
suas visitas carinhosas aqui no meu espaço, que sempre serão muito bem vindas.Te desejo um Domingo de alegrias e paz!
Um beijo no coração de cada um de voces... M@ria
Tudo tão perfeito aqui.
Um abraço grande Furtado!
Obrigado pelo carinho da visita.
Bela biografia,também ñ o conhecia que bom vc ter a gentileza de vc divulgar pra gente.
Obrigado meu querido.
Beijoa grande.
Sempre guardamos lembranças antigas nessa vida,,,sempre temos um vazio a se preencher, abraços fraternos amigo e uma semana de muita paz...fica com Deus.
Furtado querido, vim agradecer sua encantadora visita em meu Blog e por suas amáveis palavras por lá deixadas...aqui tudo é lindo também...
Tenha um ótimo domingo...beijos
Valéria
Lembranças... Taí algo tão nosso que ninguém consegue nos tirar...
O melhor é se essas lembarnças são boas... certamente saudosas.
Lindo post...
Gosto das informações autorais...
Interessante.
Uma linda semana de paz.
Bjos!
se aprende mucho con toda la madurez que aquí se publica.
un abrazo
Ah, esse soneto, é oco mesmo...
nem de lembranças foi prenchido.
Que bom ficar conhecendo um pouco mais de Pena Filho.
bjs
Rosenildo, não mando minhas
atualizações,acho que se você segue meu Blog, elas são automáticas não é? Mas pelo sim e pelo não, eu não tenho escrito muito, pois nas férias, meus dois netos estavam aqui em casa e haja tempo. bjs
Meu querido amigo
Um belo poema, adorei, sempre boas escolhas.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Furtado amigo de mim,
Esse poema confesso que eu gostaria
de haver escrito, embora ache que ainda está cedo, mas quem sabe não fica aí para um breve futuro...
Lindo e adorei!
Linda semana pra ti
Bjs
Livinha
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