EM BUSCA DA PANELA DE OURO
Meu
amigo, onde vais com tanta pressa,
correndo,
trabalhando como um mouro
—
O
que é que você tem com isso? Homessa
Eu
vou em busca da panela de ouro...
—
Eu
peço-te perdão. Não interessa
tanto
esforço à procura de um tesouro.
Na
tua idade a vida mal começa...
Tu
não passas, menino, de um calouro!
E
agora, transcorridos tantos anos,
inda
estamos correndo, — eu e ela, —
tendo
nas mãos um turbilhão de planos!
Mas
eu tenho pensado, minha bela,
que
nós sete, — uma turma de ciganos, —
sempre
vivemos dentro da panela!
Anderson
de Araújo Horta
Nasceu
em Tombos, Zona da Mata mineira, em 30 de novembro de 1906. estudou
na cidade natal, em Leopoldina e em Carangola; diplomou-se, em 1931,
pela Academia de Comércio de Juiz de Fora e, em 1937, pela Faculdade
de Direito da Universidade do Brasil, do Rio de Janeiro. Casou-se em
Manhumirim, Minas Gerais, em 1934, com a poetisa Maria Braga. Pai do
poeta Anderson Braga Horta.
Sempre
advogou. Antes e depois de formado, lecionou (Inglês, Geografia e
História) em Vila Boa de Goiás – no Liceu Oficial – e no Rio de
Janeiro. Foi em 1945, chamado da antiga Vila Boa de Goiás por Pedro
Ludovico para ocupar o cargo de Primeiro-Promotor Público em
Goiânia. Em 1947, voltou ao Estado natal, onde continuou advogando.
Em 1956, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, aí, ora
advogando, ora lecionando. Em 1964, transferiu-se para Brasília,
onde faleceu em 16 de junho de 1985. Deixou um romance inédito e
grande número de poemas, alguns deles publicados em jornais,
revistas e antologias. Saiu em 2004, pelas Edições Galo Branco, do
Rio de Janeiro, o seu livro de poesia – Invenção do Espanto.
Fonte:www.antoniomiranda.com.br
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8 comentários:
Gostei muito de mais essa escolha! abração,linda semana,chica
Olá Furtado! Sempre com excelentes posts.Não conhecia o autor da prosa tão atual. O que existe de gente que planeja, planeja e não executa...não é Furtado? Vendo por esse ângulo, me lembrou os cabeças pensantes do nosso país. Por outro lado, há jovens que correm mesmo com muita sede ao pote e acabam cansando também.
Um beijo,amigo,e parabéns por disseminar cultura.
A FELICIDADE SÓ EXISTE, NO ACTO, DA SUA INCESSANTE PROCURA.
APRECIO SEMPRE OS RESUMOS BIOGRÁFICOS.
Abraços
Oi amigo
Eu ainda vivo correndo atrás da panela de ouro. Quem sabe já estou dentro dela?
Abraço
Una búsqueda que nunca acaba... aunque resulte difícil hallar la olla de oro.
Excelente poema compartido, te dejo un fuerte abrazo y te deseo un buen comienzo de semana!
MUY DISIENTE POEMA...!!
UN ABRAZO
Lindo e divertido soneto desse mineirinho que adorei conhecer.Bjs e boa semana,
E por vezes o tesouro está mais perto do que se imagina...beijos!
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