segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os Incompreendidos.



OS INCOMPREENDIDOS

Ó solitários príncipes de lenda,
Dolorosos irmãos de Antonio Nobre,
Tristes no manto de ouro, que vos cobre,
Sem ter um coração que vos entenda!

Em vossas almas, que ninguém desvenda,
Um sino plange em funerário dobre:
Wilde, humilhado; Cruz e Souza, pobre;
Quental, sem luz; Rudel, sem Melisenda...

Bendito vosso trágico destino!
Através da Beleza, ó torturados,
Vosso infortúnio se tornou divino!

Se tivestes assomos de revolta,
Não fostes mais do que anjos exilados,
Chorando, em desespero, pela volta!

Paulo Gonçalves


Francisco de Paula Gonçalves, conhecido como Paulo Gonçalves, (Santos, 2 de abril de 1897 - Santos, 8 de abril de 1927) foi um poeta e dramaturgo brasileiro.

Era filho de Benvinda Fogaça Gonçalves e Manuel Alexandre Gonçalves. Exerceu a função de jornalista em diferentes periódicos em São Paulo e em Santos. Foi autor de peças teatrais, do período simbolista, de elevado refinamento e de grande sucesso.

Foram seus contemporâneos, envolvidos intensamente com sua produção teatral, figuras expoentes do teatro brasileiro tais como Oduvaldo Viana, Leopoldo Fróes, Procópio Ferreira e Iracema de Alencar. Sua produção na dramaturgia inclui as peças em verso: "Núpcias de D. João Tenório", "Quando as Fogueiras se Apagam", "O Juramento" e "1830". Foi, também, autor das peças em prosa: "As Noivas", "As Mulheres não Querem Almas" e " A Comédia do Coração".

Foi, ainda, um poeta de rara sensibilidade, cuja obra só não é mais extensa dada sua morte prematura. O "poeta do coração", como era chamado, foi contemporâneo de Vicente de Carvalho e de Martins Fontes, também poetas santistas de grande reconhecimento nos meios literários. Sua única obra poética publicada foi "YARA", que é uma coletânea de poemas vinda a público em 1922. Um segundo livro, "Lírica de Frei Angélico", fragmentário e na forma de manuscrito não chegou a ser publicado devido à morte do poeta.

Fonte: Wikipédia.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Estar com DEUS...

ESTAR COM DEUS...

“Estar com DEUS no coração é ter a certeza de estar de mãos dadas com a felicidade.”

R.S. Furtado

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Morrer... Dormir...


MORRER... DORMIR...

Morrer .. dormir .. não mais! Termina a vida
E com ela terminam nossas dores:
Um punhado de terra, algumas flores,
E às vezes uma lágrima fingida!

Sim! minha morte não será sentida;
Não deixo amigos, e nem tive amores!
Ou, se os tive, mostraram-se traidores,
Algozes vis de uma alma consumida.

Tudo é podre no mundo. Que me importa
Que ele amanhã se esb'roe e que desabe,
Se a natureza para mim é morta!

É tempo já que o meu exílio acabe,
Vem, pois, ó Morte, ao Nada me transporta!
Morrer... dormir... talvez sonhar... quem sabe?

Francisco Otaviano


Francisco Otaviano de Almeida Rosa, advogado, jornalista, político, diplomata e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de junho de 1825, e faleceu na mesma cidade em 28 de junho de 1884. É o patrono da Cadeira n. 13, por escolha do fundador Visconde de Taunay.

Era filho do Dr. Otaviano Maria da Rosa, médico, e de Joana Maria da Rosa. Fez os primeiros estudos no colégio do professor Manuel Maria Cabral, e no decorrer da vida escolar dedicou-se principalmente às línguas, à história, à geografia e à filosofia. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1841, na qual se bacharelou em 1845. Regressou ao Rio, onde principiou a vida profissional na advocacia e no jornalismo, nos jornais Sentinela da Monarquia, Gazeta Oficial do Império do Brasil (1846-48), da qual se tornou diretor em 1847, Jornal do Commercio (1851-54) e Correio Mercantil. Foi eleito secretário do Instituto da Ordem dos Advogados, cargo que exerceu por nove anos; deputado geral (1852) e senador (1867). Como jornalista, empenhou-se com entusiasmo nas campanhas do Partido Liberal e tomou parte preponderante na elaboração da Lei do Ventre Livre, em 1871. Já participara da elaboração do Tratado da Tríplice Aliança, em 1865, quando foi convidado por Olinda para ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros, mas não a aceitou, ficando em seu lugar Saraiva. Por ocasião da Guerra do Paraguai, foi enviado ao Uruguai e à Argentina, substituindo o Conselheiro Paranhos na Missão do Rio da Prata. A ele coube negociar e assinar, em Buenos Aires, em 1o de maio de 1865, o Tratado de Aliança ofensiva e defensiva entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai, no combate comum a Solano Lopez, do Paraguai. Recebeu o título do Conselho do Imperador e do Conselho Diretor da Instrução Pública. Como jornalista, empenhou-se com entusiasmo nas campanhas do Partido Liberal e tomou parte preponderante na elaboração da Lei do Ventre Livre, em 1871.

Poeta desde menino, não se dedicou suficientemente à literatura. Ele mesmo exprimiu com frequência a tristeza de haver sido arrebatado à poesia pela política, por ele chamada de "Messalina impura", num epíteto famoso.

Apesar da carreira fácil, respeitável e brilhante, cultivou sempre a nostalgia das letras. Sua obra poética representa uma espécie de inspiração do homem médio, mas não banal, o que lhe dá, do ponto de vista psicológico, uma comunicabilidade aumentada pela transparência do verso, leve e corredio. Em torno do eixo central de sua personalidade literária se organizam as tendências comuns do tempo, num verso quase sempre harmonioso e bem cuidado.

Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Temei, Penhas...


TEMEI, PENHAS...

Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!

Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;

Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura.

Cláudio Manoel Da Costa


Cláudio Manoel da Costa (o Glauceste Satúrnio), advogado, magistrado e poeta, nasceu em Vila do Ribeirão do Carmo (hoje Mariana), Minas Gerais, em 5 de junho de 1729. Após seus primeiros estudos com os jesuítas, no Rio de Janeiro, vai, em 1749, para a Universidade de Coimbra para estudar Direito.

Nessa época, entrou em contato com os ideais iluministas e absorveu o clima das primeiras manifestações do Arcadismo. Retornou ao Brasil em 1754, trabalhando como advogado em Vila Rica, Minas Gerais.

Em 1768, lançou seu livro de poesias, ‘Obras’, fundando a Arcádia Ultramarina.
Por ter participado como um dos líderes da Inconfidência Mineira, foi preso quando o movimento foi sufocado. Submetido a interrogatórios, fez algumas declarações comprometedoras sobre seus amigos, entre eles Tomás Antonio Gonzaga.

Foi encontrado morto, enforcado, em Ouro Preto, Minas Gerais,no dia 4 de julho de 1789, não se sabendo se cometeu suicídio ou se foi assassinado.

Obras:

Munúsculo métrico (1751)
Epicédio - em memória de Frei Gaspar da Encarnação (1753)
Labirinto de amor (1753)
Obras (1768)
Vila Rica (póstuma - 1839)
Obras poéticas (póstuma - 1903)
Poemas Escolhidos (1969)

Fonte: http://pt.shvoong.com/

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Vacina contra varíola.

(Edward Jenner)

VACINA CONTRA VARÍOLA

1796 – (1.º de julho) Edward Jenner descobre a vacina contra a varíola. É natural de Glancestershire (Inglaterra) (1749-1823). Diplomou-se em Medicina em Londres. Em maio de 1796 Jenner viu a mão de Sarah Nelmes – uma vendedora de leite, que aparecera com pústulas no pulso, no dedo indicador e na base do polegar, apanhadas duma vaca infectada. A 1.º de maio de 1796 Jenner recolheu a matéria dessas pústulas e inoculou-a no braço de um menino, James Phipps, através de duas incisões superficiais. No sétimo dia, James apareceu com os gânglios das axilas enfartados e uma erupção no local das incisões – restabelecendo-se em seguida. A 1.º de julho do mesmo ano Janner inoculou na pele do mesmo James Phipps a matéria infecciosa extraída da pústula dum doente de varíola e nenhuma doença se manifestou. Alguns meses mais tarde, o menino foi novamente inoculado com a matéria variolosa, sem que nenhum efeito sensível se produzisse em sua constituição. Eis aí, em poucas palavras, toda a contribuição de Jenner para a medicina moderna.

“Era uso comum no Oriente as pessoas sãs se deixarem infetar propositadamente por um doente de varíola, quando esta aparecia de forma benigna, a fim de evitar um contágio futuro de caráter maligno; essa prática introduziu-se na Europa, no século dezoito. Em 1796 o médico Jenner descobriu, portanto, um método mais seguro de proteção: há, nas vacas, uma doença semelhante à varíola, e Jenner verificou que, se uma pessoa fosse inoculada com o vírus das pústulas das vacas, contraia a moléstia sob forma relativamente inofensiva, que não era contagiosa e que a deixava imune contra a varíola. Aparentemente, as duas enfermidades – a da vaca e a do homem – são devidas a germes de diferentes virulências; tal é o princípio da vacina (a palavra vem do latim vaccina, que quer dizer 'de vaca'), tal como vigora hoje em dia”.

Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo ilustre professor Elias Barreto e publicado pela Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas, edição de 1967, volume 02, páginas 287/288. 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Soneto.


SONETO

Tordilhos, alazãos, cavalos baios
neste campo de mar nos são de espanto,
que é rosa a rosa, canto apenas canto,
e os cavalos são rendas, contemplai-os.

Jazem despertos, lúcidos lacaios
de vestes vagas cuidam no entretanto
do seu possível sono a bem de manto
para que os não de ventos e de raios.

Há cavalos vermelhos, mas não esses
porquanto quase azuis. Se os conhecesses
não teria o meu reino e os meus cavalos.

Que ao fim seriam teus, que és feita em bruma,
esses que são de mim corcéio de espuma
de quem só sabe azul no contemplá-los

Edmir Domingues


Edmir Domingues, poeta, advogado, nascido em Recife a 8 de junho de 1927. Nascido de uma família pobre, sua infância, vivida em ambiente urbano, marcou-se mais de invenções do que de realidades. (...) Bom desenhista, financiou grande parte de seus estudos - estudante pobre que era - com o dinheiro que ganhava fazendo ilustrações para revistas, gráficos de produção para indústrias e slides para propaganda em cinema.

Em 1946 entrou para a Faculdade de Direito do Recife, tendo como colegas os teatrólogos Ariano Suassuna e Hermilo Borba Filho, o romancista e pintor Gastão de Holanda (...)

Em 1958, juntamente com outros intelectuais pernambucanos, fundou a seção pernambucana da União Brasileira de Escritores - UBE, onde compôs a primeira diretoria, juntamente com Paulo Cavalcanti, Carlos Moreira, Carlos Pena Filho, Audálio Alves, Cézario de Melo, Renato Carneiro Campos, César Leal, Lucilo Varejão Filho, Olimpio Bonald Neto, José Gonçalves de Oliveira, Jefferson Ferreira Lima, Clóvis Melo e Abelardo da Hora.

Obras: A Rua do Vento Norte. Recife: Editorial Sagitário, 1952; Corcel de espuma. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1960; Cidade Submersa e outros poemas. Recife: Companhia Editora de Pernambuco, 1972; O domador de palavras. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro Ltda, 1987; Universo Fechado ou O Construtor de Catedrais. Recife: Edições Bagaço, 1996. Lusbelino. Recife: Edições Bagaço, 1996.

Fonte: Wikipédia

domingo, 23 de janeiro de 2011

Amor e emoção.


AMOR E EMOÇÃO

Não adianta fingires que não mais o amas,
Se ainda é muito forte esse teu sentimento.
Sei que sozinha no teu quarto, o chamas,
E embora te esforces, não o tiras do pensamento.

Por que o disfarce, e não falas a verdade,
Se o que sentes jamais limitou-se à uma paixão?
Por que não assumes de vez essa tua realidade,
E atendes aos acenos, anseios do teu coração?

Com certeza, isso é tudo o que ele mais deseja,
Pois o que sente é de total reciprocidade.
Deixar fluir esse amor é o que mais ele almeja,
Para em conjunto, construírem a felicidade.

A vida é bela, mas é curta, e o tempo passa,
O passado não retorna, não tem recuperação.
O futuro é incerto e a esperança é escassa,
Por que não viveres o hoje, com amor e emoção?

R.S. Furtado.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Aventura na casa atarracada.


AVENTURA NA CASA ATARRACADA

Movido contraditoriamente
por desejo e ironia
não disse mas soltou,
numa noite fria,
aparentemente desalmado;
- Te pego lá na esquina,
na palpitação da jugular,
com soro de verdade e meia,
bem na veia, e cimento armado
para o primeiro a andar.
Ao que ela teria contestado, não,
desconversado, na beira do andaime
ainda a descoberto: - Eu também,
preciso de alguém que só me ame.
Pura preguiça, não se movia nem um passo.
Bem se sabe que ali ela não presta.
E ficaram assim, por mais de hora, 
a tomar chá, quase na borda,
olhos nos olhos, e quase testa a testa.

Ana Cristina César


Ana Cristina César nasceu no Rio de Janeiro. Viveu um ano em Londres, em 1968. Escreveu para revistas e jornais alternativos, saiu na antologia 26 Poetas Hoje, de Heloísa Buarque. publicou, pela Funarte, Mestrado em comunicação, lançou livros em edições independentes: Cenas de Abril e Correspondência Completa. Dez anos depois, outra vez a Inglaterra, onde, às voltas com um M.A. em tradução literária, escreveu muitas cartas e editou Luvas de Pelica. Ao retornar, descobriu São Paulo e fixou residência no Rio. Trabalhou em jornalismo, televisão e escreveu A Teus Pés. Suicidou-se no dia 29 de outubro de 1983. 

Biografia constante do livro A Teus Pés, Quarta Edição, da série Cantadas Literárias da Editora Brasiliense.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dizeres ocultos.


DIZERES OCULTOS

Não há palavras exactas capazes de dizer o que levamos.
Não existem olhares que demonstram nossos múltiplos sonhos.
Existirão razões que justificam as nossas sofridas penas?
Não existem sinais que vêm de muito longe.
Não há argumentos que a lógica não traduz.
Subsistem vontades antigas em coisas novas.
Existem gestos que substituem palavras.
Existem palavras que nascem mudas.
Há vontades. Há gestos. Há palavras cada vez mais novas.
E ainda há dizeres ocultos no silêncio absoluto das horas.

Garcia Bires


Bireslav Wolker e o pseudónimo de João Garcia Bires, nasceu em Luanda aos 27 de Fevereiro de 1944. Fez o ensino primário na Escola Evangélica de Luanda e o secundário no Colégio da Casas das Beiras.
Em setembro de 1960, abandona o País refugiando-se com alguns colegas no Congo- Leopoldville, actual República Democrática do Congo. Publicou vários poemas no boletim informativo do MPLA, e nos Jornais e Revistas da juventude das República ex - socialistas da Checosvaquia , Hungria e da URSS. É licenciado em direito Internacional pela Faculdade de Economia e Direito, da Universidade Partice Lumumba, em Moscovo. Membro da União dos Escritores Angolanos, Garcia Bires exerce actualmente o cargo de Embaixador de Angola, na República de Moçambique, depois de ter exercido tal cargo na Namíbia. É autor de três obras literárias, nomeadamente: Dia do Calendário, O Silêncio acordado, e Olhadelando.

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Teoria da Terra".


"TEORIA DA TERRA"

1795James Hutton, escocês, nasceu em Edimburgo em 03-06-1726. Faleceu em março de 1794. Publica sua Teoria da Terra em 4 partes e 96 páginas. Fundamentando o princípio de que – “O que está acontecendo hoje, aconteceu no passado” – afirma que entram duas forças em ação, ambas a operarem através de milhões de anos e que são as seguintes: 1.º) Destruição: a superfície do globo está constantemente sendo desintegrada e removidos os detritos, em proporções que podem variar de um lugar para outro. Mas em geral todas as montanhas, as rochas e o solo são desbastados pela ação lenta dos agentes meteorológicos, pela decomposição e pela ação mecânica da água. Regatos e rios têm escavado, e estão ainda hoje escavando, as suas bacias. Estas águas correntes transportam o material desintegrado da terra para o oceano, sobre cujo fundo os depósitos se vão acumulando lentamente para formarem extratos rochosos. Com a remoção desses detritos, escavam-se as montanhas e formam-se os vales. 2.º) Edificação: os detritos da terra são carregados para o mar e acumulam-se no fundo deste para formarem novos extratos. As partes acessíveis da crosta terrestre, compostas de arenitos, conglomerados, xistos, calcários, são formados em camadas muito semelhantes às que se estão atualmente formando em todos os lagos, mares e oceanos. É assim que as grandes rochas se constituem hoje a parte visível da terra, foram edificadas debaixo do mar pela mesma areia, o mesmo cascalho e o mesmo lodo que estão sendo depositados ali neste momento. A superfície da terra renasce, como a Fênix, das suas próprias cinzas. Esta destruição seria mesmo fatal se a terra não fosse um organismo renovável, em que a reparação opera simultaneamente com o desgaste.

Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo ilustre professor Elias Barreto e publicado pela Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas, edição de 1967, volume 02, páginas 282/284.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Adeus.


ADEUS

Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho
Tão sozinho amor
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho
Ah, pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem Eu só sei dizer
Vem Nem que seja só
Pra dizer adeus

Torquato Neto


Nome importante do movimento Tropicalista, Torquato Neto é o autor de letras de músicas que o povo canta sem nem saber que são dele. Soy louco por ti, América, Geléia Geral e Go Back.

Torquato Pereira de Araújo Neto (Teresina, 9 de novembro de 1944 — Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1972) foi um poeta, jornalista, letrista de música popular, experimentador da contracultura brasileiro, filho de um promotor público e de uma professora primária de Teresina.

Mudou-se para Salvador, Bahia, aos 16 anos, onde conheceu Gilberto Gil, Caetano Veloso e foi assistente no filme Barravento, de Glauber Rocha.

Um teresinense que morava no Rio e era chamado de baiano, por sempre andar com Caetano, Tom Zé e Gil.

Mudou-se mais tarde para o Rio de Janeiro. Conheceu os poetas Décio Pignatari e Augusto de Campos, o artista visual Hélio Oiticica e o cineasta Ivan Cardoso, com os quais colaboraria e manteria um diálogo crítico.

Torquato foi parte do grupo de artistas envolvidos com a Tropicália, assim como defendeu em seus artigos polêmicos outros movimentos atuantes na década de 60, como a Poesia Concreta e o Cinema Marginal, em especial o de Rogério Sganzerla, Júlio Bressane e Ivan Cardoso.

Um poeta desconhecido-muito-conhecido, através das letras de muitas canções famosas, os poemas de Torquato Neto seriam reunidos por  Wlly Salomão no volume "Os Últimos Dias de Wally Paupéria", na década de 80.

Em 2005, a Editora Rocco lançou os dois volumes de sua "Torquatália".

Torquato Neto cometeu suicídio aos 28 anos, no Rio de Janeiro, em 1972.

Há pouco tempo, a Editora Rocco organizou essencial trabalho de compilação de toda a obra escrita de Torquato, nos dois volumes de "Torquatália" ("Do Lado de Dentro" e "Geléia Geral"), com letras, poesias, colunas jornalísticas, roteiros, cartas, anotações, idéias e um diário de certo período em que esteve internado -voluntariamente, diga-se- em um hospital psiquiátrico carioca.

Fonte: http://www.letras.com.br

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bem-vindo sejas 2011!


BEM-VINDO SEJAS 2011!

Bem-vindo sejas, que entres e fiques a vontade,
E que em paz vivamos, felizes e com saúde,
Munidos de fé, de amor e muita solidariedade.
Venham a nós, teus doze meses sem sofrimento.
Irmandade seja o lema em todo o firmamento.
Nações unidas, irmanadas em toda a sua amplitude,
Dignidade para os povos e adeus à vida sofrida,
Onde o povo sem vergonha, ande de cabeça erguida.

Sejas glorioso, bendito e abençoado por DEUS.
E que todos os teus dias recebam a luz dos céus.
Jamais a escuridão com toda sua ampla negritude,
Abrace a terra e espalhe a miséria em toda direção,
Sem a mínima piedade, sem dó, e sem compaixão.

Zero seja o índice da nefasta e famigerada corrupção,
Ombridade e honradez, impere sobre os viventes.
Imparcialidade, justiça, humanidade e compreensão,
Inundem a mente do homem, em todos os continentes.

R.S. Furtado.

Meus queridos amigos!

Estou retornando depois de um bom e merecido descanso. Gostaria muito de, se possível, continuar contando com essa maravilhosa atenção e compreensão de todos vocês, pois é exatamente esse apoio que me fortalece e me induz a continuar.

Agradeço de coração pelas honrosas visitas, e pelos belos comentários com palavras tão amáveis, prometendo que, com certeza, aos poucos retribuirei a todos sem nenhuma exceção, pois, conforme costumo dizer: quem visita quer ser visitado, isso porquê, a reciprocidade deverá estar sempre acima de tudo.

No ano de 2010, encerrei minhas postagens com uma baboseira, e, para não fugir à regra, estou iniciando o ano de 2011, também com uma baboseira, conforme vocês acabaram de ler acima.

Muito obrigado e beijos no coração de todos!

“QUE DEUS SEJA LOUVADO!”

Rosemildo Sales Furtado