QUANDO EU MORRER...
Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.
Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.
Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto,
não.
Oh, sentir sempre no peito
o tumulto do mundo
da vida e de mim.
E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar,
o meu coração
fica para ti.
Para ter a ilusão
de nunca mais parar.
Alexandre Dáskalos
Alexandre Mendonça de Oliveira Dáskalos nasceu no Huambo (antiga Nova Lisboa), em 1924. Fez a instrução primária e preparatório na sua cidade natal. Mais tarde, em 1942, vai para o Liceu de Sá da Bandeira, atual cidade do Lubango onde concluiu o 7.º ano.
Terminado o Liceu vai para Lisboa e matricula-se na Escola Superior de Medicina Veterinária, tendo-se licenciado 5 anos mais tarde. Regressa a Angola em 1950.
Viria a falecer em Portugal em 1960.
Alguns dos seus poemas foram editados em 1960 pela Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa, com o título "Poesias".
Fonte: www.sanzalangola.com
17 comentários:
Como se fosses tu, assim entras no teatro e te chamam dentro do sonho e te chamam para fazer o papel do sonho de alguém que não veio, e dizes que nunca viste a peça e nunca leste o texto e nada sabes de marcações intenções interiorizações e te dizem que não importa porque é só um sonho e um sonho não precisa ensaio
Caio Fernando de Abreu
Amor e Paz no seu Domingo...Beijos!!
Olá amigo
Morrer e ser enterrado no mar, não perder jamais os movimentos se sentir livre para sempre.
Grande abraço
Ciao amigo Rosmildo,poesia bonita,deste poeta.
Tarde boa.
Coraggio amico.
Um abraco.
Belissimo poema,,,quando eu morrer,,,nem sei,,aindão não pensei nisso,,,mas quero a melhor lembrança,,,,abraços fraternos,,,fique com Deus numa linda semana.
Continuar a vida em ventos e ondas é como morrer e continuar vivo.
Beijos.
Maravilhoso e eu não lembrava desse poeta...Lindo...O mar é sempre maravilhoso também para olhar.abração,chica
Lindo Poema meu amigo.
Tudo fica mais simples, mais sóbrio quando a gente se encontrar do lado de lá. Faço das palavras do autor minhas palavras, pedindo aos céus que seja assim.
Do lado de cá, tudo fica tão difícil...
Desculpe meu amigo querido,
mas hoje estou sem palavras embora elas estejam a gritar dentro de mim, mas sequer consigo traduzi-las, como eu, se encontram todas alvoroçadas...
Furtado tenha uma doce semana.
Bjs
Lívia
un escrito de alma.
un abrazo
Ai que lindo, quando eu morrer, também quero morrer assim.
BeijooO'
Meu querido amigo
Sempre lindos poemas, este é nostálgico, mas belo.
Beijinhos
Sonhadora
Boa noite amado.
Vim te agradecer a visita e te desejar uma exelente semana.
Suas postagens são interessantes,estou conhecendo pessoas q eu desconhecia amado.
Parabéns.
Um beijo grannnnnde.
Fiquei sem entender o pouco você pediu desculpas e disse que não vai mais em meu blog? te fiz algo?
abraços
de luz e paz.
Hugo
Também adoraria receber um buquê de vento... mas agora, não depois... :) tão bonito, Rosemildo. Boa semana! abraço.
"...Sabe o que eu quero de verdade?
Jamais perder a sensibilidade, mesmo
que às vezes ela arranhe um pouco a alma.
Porque sem ela não poderia sentir
a mim mesma..."
Clarice Lispector
Te desejo uma semana de amor e muita paz!!
Poema de extrema sensibilidade...
E de sutil romantismo.
O legal do teu blog é que também é muito informativo...
Não conhecia o citado poeta.
Tenha uma linda semana de muita paz e amor.
Bjos millllll
Maravilhosa escolha!
Um abraço, ótima semana
Perdão então...
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