PELA NOITE
Digam do amor com que eu a acarinhava,
todos os astros, todas as estrelas...
Digam quanto as fitava e como, ao vê-las,
ela, a estrela mais lúcida lembrava.
Dos céus em fora, pele noite, e pelas
nuvens que eu tristemente contemplava,
digam como daquele afeto escrava
minh'alma ansiava por comprendê-las.
Tudo contem... Do meu estranho afeto
falem, falem da minha dor contida
por largos meses e por largos anos,
e esse que for o astro mais indiscreto
conte como me viu a alma ferida,
por desenganos sobre desenganos.
Pedro Rabelo.
Nasceu Pedro Carlos da Silva Rabelo no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1868, e faleceu na mesma cidade, em 27 de dezembro de 1905. Trabalhou a principio no comercio, foi depois amanuense do Patrimônio da Independência, redator de debates na Câmara e diretor de secção do Conselho Municipal. Como jornalista, foi companheiro de Olavo Bilac em A Cigarra (1895) e colaborou na imprensa da época, freqüentando assiduamente as colunas da Gazeta de Noticias. Foi fundador da Academia Brasileira de Letras (Cadeira nº 30). Seu livro mais conhecido, Opera-Lyrica, surgiu um ano depois de Cruz de Sousa ter dado a lume os Broquéis, situando-se pois no limiar do neo parnasianismo.
Fonte: “Poesia Parnasiana” Antologia – Edições Melhoramentos – 1967.
11 comentários:
Por esse cantinho de artes, estava a passar.... e mais uma obra prima encontrei. Um belo poema, uma biografia e um conhecimento a mais adquiri.
Essa sua viagem a cultura so nos presenteia com conhecimento.
Beijos amigo
e um excelente dia
ANdresa
Lindo poema de Pedro Rabelo! abração,tudo
hum, q lindo...
adoro versos!!
até^^
lindo Pedro Rabelo!!
Obrigada por compartilhar...Beijos!!
ai que lindo, querido!!
bjkas
Oi furtado, aborreciso com Felina?
Nunca mais me visitou e nem retirou o selinho.
Espero que estejas bem.
beijos_________Felina.
Passando pra deixar um beijooooo
Desculpa meu anjo, tive um problema na visão e ando confundindo as coisas.Mas já arrumei viu?
Beijos no teu core!
Parabéns pela bela escolha.
Obrigada pela visita e por me proporcionar tanto aprendizado.
Furtado
Os amigos são generosos...
O meu livro começa assim,,,
POESIA
Poesia...
Verde...
Branca...
Ou...
Branca...
Verde...
Mas...
Poesia...
Simples...
E colorida...
E nestes poemas...
De cor...
E alegria...
Sinto...
Que a bola...
Acabou de chegar...
E o primeiro...
Pontapé...
É mesmo meu!...
LILI LARANJO
Adoro conhecer textos e autores aki pelo seu espaço.
Um grande beijo!!!
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