PAI JOÃO
“A filha de pai João tinha um peito de
Turina para os filhos de Ioiô mamar:
Quando o peito secou a filha de Pai João
Também secou amarrada num
Ferro de engomar.
A pele de Pai João ficou na
Ponta dos chicotes.
A força de Pai João ficou no cabo
Da enxada e da foice.
A mulher de pai João o branco
A roubou para fazer mucamas.”
Jorge de Lima.
Jorge Mateus de Lima nasceu em 1895 em União dos Palmares, Alagoas. Estréia na literatura em 1914, ainda fortemente influenciado pelo parnasianismo, com XIV alexandrinos, o que lhe valeu mais tarde o título de Príncipe dos Poetas Alagoanos.
Em 1926, já formado em medicina, ingressa na vida política, elegendo-se deputado estadual pelo Partido Republicano; em 1930, por motivos políticos é obrigado a abandonar Alagoas, indo viver no Rio de Janeiro. Em 1946, com a redemocratização do país, é eleito vereador do Rio de Janeiro pela UDN. Falece em 1953, no Rio de Janeiro.
A exemplo de Murilo Mendes, Jorge de Lima também trilhou caminhos curiosos na literatura brasileira: de poeta parnasiano em XIV alexandrinos, chaga a uma poesia social paralela a uma poesia religiosa.
A poesia social apresente belas composições quando Jorge de Lima assume a coloração regional, usando a memória de um menino branco marcado por uma infância repleta de imagens dos engenhos e de negros trabalhando em regime de escravidão.
Fonte: “Língua, Literatura & Redação” – 2ª edição. – Editora Scipione – 1995.
10 comentários:
Um belo dia pra ti amigo,,,forte abraço.
Muito lindo esse Pai João! abraços,lindo dia,chica
Boa tarde, amigo.
Como foi de carnaval? Passeou ou pulou ?
Como se não bastasse estar bloqueada para adicionar vocês de volta, agora sumiu aquele link onde as pessoas pegavam para colocar na página. Se você a vir por estes blogs, me avisa para que possa recuperar.
beijo
Olá Rosemildo
Esse era o destino dos negros da época, servir sem restrições.
Grande abraço
Que lindo e triste poema do Pai João!Gostei muito da homenagem!Abraços,
Histórias das quais não gostamos de lembrar, o homem não foi feito para ser escravo. Mas é muito bonita a tua lembrança, a tua postagem.
abraços
Olá meu amigo!!!
Saudade são bens de riqueza,
lotadinho de conquistas,
onde guardamos no cofre do coração,
pessoas queridas....
Voltei!!
Interessante poema,
algo que a gente costuma dizer diante de algo que foi interrompido:
Pronto, agora a casa vai a baixo...
é uma cadeia sucessiva...
Como passou o Carná?
eu não passei, ele passou por mim...
ah, obrigado pelas palavras de apoio e incentivo que deixaste lá em casa...
Linda semana
Livinha
Furtado
Meu amiguinho
Para ti...
BEIJOS
Beijos são sempre beijos
De tarde, à noite...
Ou mesmo de manhã...
Deixam ternura...
Matam saudades...
E conservam a vida...
LILI LARANJO
Vim lhe convidar para viajar comigo...Vamos viajar..
Está na hora do voo..
Local da saida: Curiosa
Endereço: Através do link.(AQUI)
Destino:Concurso de Poesia-Portugal.
Não se atrase...
Ficarei muito feliz com a sua companhia...Faremos uma linda Viagem..
Carinhosamente
Sandra
Olá amigo Rosemildo
Venho agradecer reconhecidamente sua visita e comentário em meu blog, apresentando minhas desculpas por só hoje o visitar,
porque dificuldades na vista me
condicionam e permanência no PC.
Quanto ao seu post, adorei este poema Pai João. O grito contra a escravatura. Ou melhor, denunciando
os escravisadores.
Um Abraço
Alvaro
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