segunda-feira, 14 de junho de 2021

Morremos!

 

 

MORREMOS!


Cansei de mendigar as tuas ínfimas migalhas,

Arrastar-me aos teus pés como um mísero coitado.

Implorar o teu amor e só receber tuas ralhas,

Como um germe qualquer, todo tempo enxotado.


Cansado da tua frieza, da tua cruel indiferença,

Vivendo só de amargura, foi essa a minha revolta.

Por não poder alimentar mais a minha crença,

Nem a esperança de um dia poder ter-te de volta.


Quem sabe, a vida nos ofereça algo bem diferente,

De tudo aquilo que em tão pouco tempo tivemos.

Muito amor, paz e felicidades venham de presente,

Para que logo esqueçamos que nos conhecemos.


Segues o teu caminho, esqueces que me conheceste,

Tires da mente a minha praia, ancores em outro porto.

Para mim já não mais existes, passaste e morreste,

Pois pra ti já não mais existo, passei, estou morto.


R.S. Furtado

6 comentários:

chica disse...

Fortes e bem decididas palavras em poesia que dá fim ao amor...Linda inspiração! abraços, ótima semana! chica

CÉU disse...

Olá, querido amigo Rosemildo!

É desse jeito: se ambos já não se gostam, o melhor é ir cada um para seu lado.
Poema triste, mas frontal e decidido.
Felizmente vocês não findaram, mas é como se fosse.

Beijos e boa semana.

Elvira Carvalho disse...

Quando o amor acaba, não há como seguir outro caminho.
Gostei de ler.
Abraço e saúde

Maria Rodrigues disse...

Nostálgico, sentido e belo poema.
Quando o amor acaba, o melhor mesmo é cada um seguir o seu caminho.
Beijinhos

Jaime Portela disse...

O amor, por si só, não chega para aguentar uma relação. Sem respeito, por exemplo, não há amor que salve um casamento.
Um poema de revolta. E muito bom.
Bom fim de semana, caro Furtado.
Abraço.

SOL da Esteva disse...

Decidido! Cansado das dúvidas e das indefinições.
Um Poema representativo dum estado de espírito.
Parabéns.

Abraço
SOL da Esteva