TIPOS
DA RUA
Ambos
descendem de ínfimo monturo,
Ela,
amarela, feia e embrutecida.
Ele
é um canalha preguiçoso, a vida,
Passa
a beber cachaça com mel de furo.
Todas
as noites, em um beco escuro,
Ele
vai esperar a bem querida.
Que
desleixada e de moral despida,
Mantém
com ele o seu idílio impuro.
Então,
dão expansão sem nenhum decoro,
Ela
manhosa, ele velhamente,
O
tão rasteiro e misero namoro.
Com
tais colóquios de um amor imundo,
Preparam-se
afinal nojentamente,
Para
um aborto vil deitar ao mundo.
R.S.
Furtado
8 comentários:
Lindo soneto e triste pois retrata a realidade que infelizmente existe nas ruas! abração, linda semana,chica
Belíssimo, cru, real, verdadeiro.
Um belo poema amigo Rosemildo, gostei.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
A rua deixou de ser
Um lugar que se caminha.
Tornou-se escola daninha
De quem nela aparecer.
Abraço
SOL
Olá Furtado,
Soneto forte e muito bem construído, retratando uma face negra das ruas. Uma realidade desoladora.
Obrigada pela usual amabilidade.
Ótima semana.
Abraço.
talvez,
um choque de doçuras
nada mais.
abç
UN TEXTO RUDO, PERO MUY REAL.
ABRAZOS
Um soneto que nos mostra o outro lado da rua.
Excelente, gostei imenso.
Boa semana, caro amigo Furtado.
Abraço.
Postar um comentário