SONETO
Vinte
vezes a lua prateada
inteira
o rosto seu mostrado havia,
Quando
um terrível mal, que então sofria,
Me
tornou para sempre desgraçada.
De
ver o céu e o sol sendo privada,
Cresceu
a par comigo a mágoa ímpia;
Desde
a infância a mortal melancolia
Se
viu em meu semblante debuxada.
Sensível
coração deu-me a natura,
E a
fortuna, cruel sempre comigo,
Me
negou toda a sorte de ventura;
Nem
sequer um prazer breve consigo:
Só
para terminar minha amargura
Me
aguarda o triste, sepulcral jazigo.
Delfina
Benigna da Cunha
Delfina Benigna da Cunha (São josé do Norte/RS, 17 de junho de 1791
– Rio de Janeiro, 13 de abril de 1857) foi uma poetisa brasileira.
É tida como figura de destaque nas manifestações fundadoras da
literatura gaúcha, embora a posição que ocupe na historiografia
literária sulina seja hoje periférica, em razão da retração
crítica que seu valor... Leia mais aqui:
Visite também:
4 comentários:
Lindo,mesmo que melancólico soneto! abração, ótima semana!chica
Bom dia meu amigo Furtado.
Aqui me deliciando com este belo Soneto de Delfina Benigna da Cunha.
Obra máxima dos Bardos desta arte!
Voce já visitou meu novo Blog Duetos?
Abraços,
Efigenia
Num poema perfeito,
como sempre o imaginei
aqui encontro o soneto
para o ler aqui voltarei,
Vinte vezes tantas,
luas prateadas
felizes sejam noite longas
outras tantas madrugadas.
Felicidades tantas,
espalhadas nas areias
iluminadas santas
pelas luzes das candeias.
Tenha uma boa tarde amigo Furtado, um abraço.
Eduardo.
UN SONETO MUY BIEN GESTADO.
UN ABRAZO
Postar um comentário