terça-feira, 6 de maio de 2014

O doente..

   
 

O DOENTE

Doente de poesia
não tem alívio nem cura
a menos que se interne
sozinho
no espaço incriado.
No diamante não serve; é
demasiado claro.
Convém-lhe o resguardo
dos recém-nascidos:
olhos no escuro
vômito contido.

O mais é deixá-lo
gemer à vontade.

Guilhermino César
 
  
Guilhermino César da Silva (Eugenópolis MG 1908 – Porto Alegre RS 1993). Poeta, romancista, crítico, ensaísta, historiador e professor. Em 1910, muda-se com a família para Leopoldina, Minas Gerais, onde conclui o curso primário. Dez anos mais tarde, vai residir em Cataguases, Minas Gerais, e inicia o curso ginasial no Grupo Escolar Astolfo Dutra.

Matricula-se no Ginásio Municipal de Cataguases em 1923, frequenta o Grêmio Literário Machado de Assis e integra o grupo que funda a revista modernista Verde em 1927, assinando... Leia mais aqui: 

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8 comentários:

chica disse...

Maravilha de inspiração.Adorei! abração,lindo dia! chica

Marcia M disse...

A doença é mesmo um desconforto a horas em que nada se pose fazer apenas suportar.Bj

Daniel Costa disse...

Rosemildo

O poema, se levado à letra, podemos conluia a poesia, "contamina" o peito. Porém temos mas é de aprender mais com que o mestre nos deixou.
Abraços

Lua Singular disse...

Oi amigo,
Ainda bem que não morro dessa doença, só escrevo para o povão
Li a biografia do poeta e romancista; poxa que vida intensa.
Beijos
Lua Singular

AdolfO ReltiH disse...

EXCELENTÍSIMO POEMA!!!!!!!!
UN ABRAZO

Nilson Barcelli disse...

Coitado do poeta, está condenado a gemer...
Esse poeta fez excelente poesia, pelo que vejo.
Obrigado pela partilha, caro amigo.
Um abraço (de doente para doente...)

Tais Luso de Carvalho disse...

Gostaria de ficar doente de poesia... ou não? Adorei.
Começa-se no vício... depois só vai.

Grande abraço!

Tunin disse...

Ficar doente de poesia é ter o desejo de fazer mais e mais.Gostaria de ficar doente de poesia, sim,rsrs.
Bela construção!
Abração.