SOLIDÃO
O rio se entristece sob
a ponte.
Substância de homem na
torrente escura
flui, enternecimento ou
desventura,
misturada ao crepúsculo
bifronte.
Antes que débil lume
além desponte,
a sombra, que se
apressa, desfigura
e apaga o casario em
sua alvura
e a curva esquiva e
sábia do horizonte.
Os bois fecham nos
olhos os arados,
o pasto, a hora que
tomba das subidas.
Dorme o ocaso, pastor,
entre as ovelhas.
Sobem névoas dos vales
fatigados
e das árvores já
enoitecidas
pendem silêncios como
folhas velhas.
Abgar Renault
Leia um belo poema e a
biografia do autor aqui:
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3 comentários:
Tema profundo,lindo soneto! abração praiano,linda semana,chica
Belo soneto, Furtado. Sempre aprendo no seu "artes e emoções) . Já ouvi falar sobre o autor, mas não conhecia a fundo suas obras. Gostei muito.
Um beijo pra você, pra família, e uma boa semana!
Soneto intenso, que se identifica muito comigo.
Abração amigo,
Fique na paz.
Dan
http://gagopoetico.blogspot.com.br/
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