segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ignoto DEO.




IGNOTO DEO

Desisti de saber qual é o Teu nome,
Se tens ou não tens nome que Te demos:
Ou que rosto é que toma, se algum tome,
Teu sopro tão além de quanto vemos.

Desisti de Te amar, por mais que a fome
Do Teu amor nos seja o mais que temos,
E empenhei-me em domar, nem que os não dome,
Meus, por Ti, passionais e vãos extremos.

Chamar-Te amante ou pai... grotesco engano
Que por demais tresanda a gosto humano!
Grotesco engano o dar-Te forma! E emfim,

Desisti de Te achar no quer que seja,
De Te dar nome, rosto, culto, ou igreja...
Tu é que não desistirás de mim!

José Régio  

Leia mais um belo soneto e a biografia do autor aqui:

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5 comentários:

chica disse...

Maravilhosa essa inspiração que o poeta teve! Linda poesia! Que teu dezembro seja lindo! abração,chica

Silenciosamente ouvindo... disse...

Óbrigada amigo. Vou lá.
Eu não sei como se faz num
texto para colocar o Aqui e
clicando ir-se ao sítio.
Fazia falta saber.
Bj. e muito obrigada pela sua
atenção.
Irene Alves

Silenciosamente ouvindo... disse...

Ja cliquei várias vezes no Aqui
e não abriu.Bj.
Irene Alves

Anne Lieri disse...

Que beleza de poesia! Deus não pode ser colocado em normas,com certeza! A cada um a sua maneira de sentir! Boa semana pra vc!

Unknown disse...

Um poema com assinatura de José Régio. Belo e profundo.
A Teologia de Deus e a limitação humana. Felizes dos que acreditam.
A hora da Verdade será menos pesada.
Alguém ou alguma coisa Superior nos governa e nos orienta.