AUSÊNCIA
Recresce, arpoante e
funda, a saudade cruel.
Corri ela foi meu sol, partiu minha
risada!
Cada dia que passa é uma gota de fel
que se me
infiltra na alma e a põe envenenada.
Mais larga a ausência,
mais a lembrança dourada
resplandece, espertando emoções em
tropel:
o riso, o gesto, a voz; boca a boca soldada,
os seus
beijos febris que eram de fogo e mel...
Claro perfil de luz,
louro encanto irradiando
o revérbero astral de flavescente
véu
que dourava o meu sonho e o verso decadente.
Onde
estás? interrogo. E a mágoa cresce quando
sinto tudo em silêncio
em torno. .. O próprio céu
misterioso e azul, como os olhos da
Ausente...
Euclides Bandeira
Euclides
da Motta Bandeira e Silva, nasceu em Curitiba, em 22 de novembro de
1876, filho de Carlos da Motta Bandeira e Silva e de Dona Thereza
Maria da Silva. Seus antepassados foram fundadores da Cidade,
trazendo sua linhagem de Baltazar Carrasco dos Reis. Fez os estudos
preparatórios em Curitiba, nos quais foi aprovado com distinção na
"Escola dos Bons Meninos" do Dr. José Cleto da Silva,
obtendo a medalha de ouro, no dia 24 de dezembro de 1890. Matriculado
na Escola Militar do Rio de Janeiro, teve seus estudos interrompidos
em 1895 em decorrência da extinção pelo governo da Escola Militar.
Durante sua permanência nas linhas executou tarefas militares tanto
nas trincheiras de terra como a bordo do vaso Itaipu. Na sua fé de
ofício consta elogio por suas atividades contra o Aquidaban.
Regressando a Curitiba, foi-lhe oferecido emprego nos Correios, que
ele não aceitou, preferindo dedicar-se ao jornalismo, trabalhando
ativamente como repórter, articulista, redator e diretor. Leia mais
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9 comentários:
Poema lindo e foste longe, lá no passado hoje rebuscá-lo! abração,lindo fds! chica
Super lindo este poema e tambem a fotografia que o acompanha. Sim senhora,gostei bastante. Muitos beijinhos e bom fim-de-semana!! Lindo mês de dezembro para ti e fica com deus!!
Poesia molto bella, Furtado.
Buona festa dell'Immacolata.
Sofremos quando nos abandonamos... Quando somos abandonados!
Mas a dor deixada pelos que desembarcam do trem da vida é cruel!
Desculpa, mas pensei na minha estrela Dalva (minha mãe) que desembarcou fazem 02 meses!
Bjim
UN TEMA MUY MELANCÓLICO.
UN ABRAZO
OI ROSEMILDO!
BELÍSSIMOS VERSOS.
ÓTIMA ESCOLHA DE POST.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Oi Rosemildo!
Muito bonito esse poema.
Fizeste uma excelente escolha.
Beijos e ótima semana!
Rosemildo,sua postagem nos fez retornar a um tempo distante,mas ao mesmo tempo atualíssimo. "Ausência""
que fala da saudade,e ausência de tudo em uma vida......Bela escolha. Abraço!
Você fez uma ótima escolha. O poema é belo e fala da ausência de uma forma especial. A ausência é um vazio onde entramos quando a saudade aperta. Bjs.
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