Este blog foi criado com o objetivo único e exclusivo de expor ao mundo, tudo aquilo que penso, vejo, ouço, falo, sinto, detesto, admiro, amo, gosto, desejo e, sobretudo, faço.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Porto.
PORTO
Havia nos olhos postos o sentido
de não vencerem distancias.
Calados, mudos, de lábios colados no silêncio
os braços cruzados como quem deseja
mas de braços cruzados.
Os navios chegavam ao porto e partiam.
Os carregadores falavam da gente do mar.
A gente do mar dos que ficam em terra.
As mercadorias seguiam.
Os ventos, dispersos na alma do tempo,
traziam as novas das terras longínquas.
Segredavam-se em noites e dias
a todos os homens
em todos os mares
e em todos os portos
num destino comum.
Os navios chegavam ao porto
e partiam...
Alexandre Dáskalos
Leia mais um belo poema e a biografia do autor aqui.
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Dois corações.
DOIS CORAÇÕES
Tu tens um coração dentro da boca
E tens um coração dentro do peito...
Dois corações?! Mas, que morena louca!
Perdão... Tudo que vejo está direito:
Tudo o que tens de belo está bem feito...
Somente é pouca a inspiração, é pouca,
Para cantar teu coração do peito,
Para pintar teu coração da boca!
Morena, escuta aqui: não tenho jeito
De alimentar o amor que se me apouca
Na voluptuosidade de teu leito.
Morena, escuta bem: não sejas mouca...
Quando eu pedir o coração do peito,
Oh! não me dês o coração da boca!
Anderson de Araújo Horta
Anderson de Araújo Horta nasceu em Tombos, Zona da Mata mineira, em 30.11.1906. Estudou na cidade natal, em Leopoldina e em Carangola; diplomou-se, em 1931, pela Academia de Comércio de Juiz de Fora e, em 1937, pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, do Rio de Janeiro. Casou-se em Manhumirim, MG, em 1934, com a poetisa Maria Braga. Pai do poeta Anderson Braga Horta. Sempre advogou. Antes e depois de formado, lecionou (Inglês, Geografia e História) em Carangola, em Goiás — no Liceu Oficial — e no Rio de Janeiro. Foi, em 1945, chamado da antiga Vila Boa de Goiás por Pedro Ludovico para ocupar o cargo de Primeiro-Promotor Público em Goiânia. Em 1947, voltou ao Estado natal, onde continuou advogando. Em 1956, mudou-se, com a família, para o Rio de Janeiro, aí ora advogando, ora lecionando. Em 1964, transferiu-se para Brasília, onde faleceu em 16.6. 1985. Deixou um romance inédito e grande número de poemas, alguns deles publicados em jornais, revistas e antologias. Saiu em 2004, pelas Edições Galo Branco, do Rio de Janeiro, o seu livro de poesia – Invenção do Espanto.
Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Circulação do sangue no pulmão.
A CIRCULAÇÃO DO SANGUE NO PULMÃO
1537 – Miguel Servet descobre a circulação do sangue, no pulmão, de que deixa uma descrição muito precisa, cuja particularidade da Medicina somente é aperfeiçoada um século depois, por William Harwey. Também revela o papel da respiração na transformação do sangue venoso em arterial. Esclareceu a ação das válvulas cardíacas, nos movimentos de sístole e diástole. Supõe, entretanto, erradamente, aparecerem após o parto, não existindo na vida fetal. Médico e teólogo espanhol, Miguel Servet nasceu em Vilanova de Sixena (Lérida) em 1511 e morreu nas fogueiras da Inquisição, perto de Genebra, em 1533.
Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo ilustre professor Elias Barreto, e publicado pela Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas, edição de 1967, volume 1, página 116.
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Literatura & Companhia Ilimitada.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Briário e Centímano.
BRIÁRIO E CENTÍMANO
Solitário coqueiro miserando,
Que as tormentas não deixam sossegar!
E, de contínuo, as palmas agitando
Pareces um vesânico a imprecar.
Desgraçada palmeira, como e quando
Irão teus pobres dias acabar;
E com eles ou teu destino infando
De cativo da Terra ao pé do Mar ?
Hemos conformes nossos tristes fados.
Tu, germente Briaréu dos vendavais
Eu, Centímano de cem mil cuidados.
Um retorcido aos ventos outonais
Outro com os seus anelos sossobrados...
Nem sei qual de nós dois braceja mais!
Carlos Dias Fernandes
Carlos Augusto Furtado de Mendonça Dias Fernandes, Nasceu em 20 de setembro de
1874, na cidade de Mamanguape, Estado da Paraíba e faleceu em 09 de dezembro de 1942, no
Hospital da Cruz Vermelha, no Rio de Janeiro. Era filho do Dr. Nepomuceno Dias Fernandes e
de D. Maria Augusta Saboia Dias Fernandes. Aprendeu as primeiras letras com a sua mãe,
continuando com os professores Luiz Aprígio e Isaac Ribeiro que lhe ministraram aulas de
Português e Latim. Aos dezesseis anos já tinha lido Os lusíadas bem como
Virgílio e Horácio na língua original . Apesar de Mamanguape se, a esse tempo, um
importante centro de exportação de algodão e da cana-de-açúcar, através do porto de
Salema, Carlos Fernandes não sentia atração pela cidade que , pela falta de
desenvolvimento cultural não lhe oferecia condições para expandir o seu potencial
latente; de espírito aventureiro, aspirava a uma vida menos repressiva e mais alegre o
que faltava ali. Quer ler mais?
Fonte: Academia Paraibana de Letras.
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Poder estar contigo agora.
PODER ESTAR CONTIGO AGORA
Ah! Se eu pudesse estar contigo agora,
Sentir o teu calor mesmo por um momento.
Acariciar tua pele, como nos tempos de outrora,
E beijar-te os lábios, já seria um alento.
Ah! Se eu pudesse estar contigo novamente,
Retornar aos lugares belos e aprazíveis.
Onde, envolvidos com nossos corpos quentes,
Vivemos os nossos dias mais felizes.
Poder estar contigo agora novamente é sonho?
Se sonho ou realidade, pra mim não importa.
Pra ti reservo-me, pra ninguém me disponho,
Pois a esperança de te encontrar, ainda não está morta.
Quem sabe, amanhã, depois, em algum tempo,
Vou sorrir, chorar, vislumbrar o firmamento,
Correr o mundo, e gritar por aí a fora.
Que o que vivo é real, não é pensamento,
E que Deus, nosso pai, realizou o meu intento,
De novamente, poder estar contigo agora.
R.S. Furtado
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Complementação da Matemática.
COMPLEMENTAÇÃO DA MATEMÁTICA
1579 – Neste ano se completa a Ciência Matemática base de toda a técnica moderna. É que o matemático italiano, Bombelli, para simplificar os cálculos, aplica a letra P. (Plus) para indicar a soma. Rq, a raiz quadrada e Rc, a raiz cúbica. No século quinto da nossa era cristã, os árabes, invadindo a Espanha, trouxeram consigo os algarismos indus, inclusive o zero, que se denominavam arábicos e vigoram até então. Somente um milênio depois, em 1489, é que se usaram os sinais + (mais) e – (menos) para indicar a soma e a subtração. Em 1531 também foi usado pela primeira vez o sinal X, que indica multiplicação. Em 1569 a forma em que se conserva o traço da fração, indicando os pontos, o numerador ou dividendo e o denominador ou divisor, foi usado por um tal Rahn. Em 1557 é que se usou, pela primeira vez, o sinal de igualdade (=).
Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo ilustre professor Elias Barreto, e publicado pela Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas, edição de 1967, volume 1, páginas 125/126.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
As três irmãs do poeta.
AS TRÊS IRMÃS DO POETA
É noite! As sombras correm nebulosas.
Vão três pálidas virgens silenciosas
Através da procela irrequieta.
Vão três pálidas virgens... vão sombrias
Vindo colar n'um beijo as bocas frias...
Na fronte cismadora do – Poeta –
“Saúde, irmão! Eu sou a Indiferença.
Sou eu quem te sepulta a idéia imensa,
Quem no teu nome a escuridão projeta...
Fui eu que te vesti do meu sudário...
Que vais fazer tão triste e solitário?...”
– “Eu lutarei” – respondeu-lhe o Poeta.
“Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.
Sou eu quem o teu negro pão consome...
O teu mísero pão, mísero atleta!
Hoje, amanhã, depois... depois (qu'importa?)
Virei sentar-me sempre à tua porta...”
– “Eu sofrerei” – respondeu-lhe o Poeta.
“Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.
Suspende em meio o hino augusto e forte.
Marquei-te a fronte, mísero profeta!
Volve o nada! Não sentes n'este enleio
Teu cântico gelar-se no meu seio?...”
– “ Eu cantarei no céu” – diz-lhe o Poeta!
Castro Alves
Antônio de Castro Alves nasceu a 14 de março de 1847 na comarca de Cachoeira, na Bahia, e faleceu a 6 de julho de 1871, em Salvador, no mesmo estado brasileiro. Fez o curso primário no Ginásio Baiano. Em 1862 ingressou na Faculdade de Direito de Recife. Datam desse tempo os seus amores com a atriz portuguesa Eugênia Câmara e a composição dos primeiros poemas abolicionistas : Os Escravos e A Cachoeira de Paulo Afonso, declamando-os em comícios cívicos.
Em 1867 deixa Recife, indo para a Bahia, onde faz representar seu drama : Gonzaga. Segue depois para o Rio de Janeiro, recebendo aí incentivos promissores de José de Alencar, Francisco Otaviano e Machado de Assis.
Em São Paulo, encontra nas Arcadas a mais brilhante das gerações, na qual se contavam Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Bias Fortes e tantos outros. Vive, então, os seus dias de maior glória.
A 11 de novembro de 1868, em caçada nos arredores de São Paulo, feriu o calcanhar esquerdo com um tiro de espingarda, resultando-lhe a amputação do pé. Sobreveio, em seguida, a tuberculose, sendo obrigado a voltar
à Bahia, onde veio a falecer.
Castro Alves pertenceu à Terceira Geração da
Poesia Romântica (Social ou Condoreira), caracterizada pelos ideais
abolicionistas e republicanos, sendo considerado a maior expressão
da época. Sobre o grande poeta, Ronald de Carvalho diz : "-
mais perto andou da alma nacional e o que mais tem influído em nossa
poesia, ainda que, por todos os modos, tentem disfarçar essa
influência, na verdade sensível e profunda".
Suas obras : Espumas Flutuantes, Gonzaga ou A
Revolução de Minas, Cachoeira de Paulo Afonso, Vozes D'África, O
Navio Negreiro, etc.
Fonte: orbita.starmedia.com
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sábado, 11 de fevereiro de 2012
Como posso eu amar-te, se nem sei.
COMO POSSO EU AMAR-TE, SE NEM SEI
Como posso eu amar-te, se nem sei
como à porta te chamam os vizinhos,
nem visitei a rua onde nasceste,
nem a tua memória confessei.
Que vaga rima me permite agora
desenhar-te de rosto e corpo inteiro
se só na tua pele é verdadeiro
o lume que na língua se demora...
Não deixes que te enganem os recados
na infernal gazeta publicados
que te dão já por escultura minha;
nocturno frankenstein, em vão soprei
trombas de criação, e foste tu
quem me criou a mim quando quiseste.
António Franco Alexandre
António Franco Alexandre (Viseu, 1944) é um matemático, filósofo e poeta português.
Viveu na França, de 1962 a 1969, na cidade de Toulouse, onde estudou Matemática. Viajou para os Estados Unidos, onde continuou a estudar. Em 1971, mudou-se para a cidade de Paris. Apenas depois da Revolução dos Cravos retornou a Portugal. B.Sc. em Matemática pela Universidade de Harvard e doutor em Filosofia pela Universidade de Lisboa, desde 1975 leciona Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sua poesia tem conquistado cada vez maior reconhecimento crítico. Quatro Caprichos recebeu o Prémio APE de Poesia e o Prémio Luís Miguel Nava; Duende ganhou o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus e o Prémio Correntes d'Escritas.
Fonte: Wikipédia.
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Ao espelho.
AO ESPELHO
Tu, que não foste belo nem perfeito,
Ora te vejo (e tu me vês) com tédio
E vã melancolia, contrafeito,
Como a um condenado sem remédio.
Evitas meu olhar inquiridor
Fugindo, aos meus dois olhos vermelhos,
Porque já te falece algum valor
Para enfrentar o tédio dos espelhos.
Ontem bebeste em demasia, certo,
Mas não foi, convenhamos, a primeira
Nem a milésima vez que hás bebido.
Volta portanto a cara, vê de perto
A cara, tua cara verdadeira,
Oh Braga envelhecido, envilecido.
Rubem Braga
Rubem Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 12 de janeiro de 1913 – Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 1990) foi um escritor lembrado como um dos melhores cronistas brasileiros. Era irmão do poeta e jornalista Newton Braga.
Iniciou-se no jornalismo profissional ainda estudante, aos 15 anos, no Correio do Sul, de Cachoeiro de Itapemirim, fazendo reportagens e assinando crônicas diárias no jornal Diário da Tarde. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1932, mas não exerceu a profissão. Neste mesmo ano, cobriu a Revolução Constitucionalista deflagrada em São Paulo, na qual chega a ser preso. Transferindo-se para Recife, dirigiu a página de crônicas policiais no Diário de Pernambuco. Nesta cidade, fundou o periódico Folha do Povo. Em 1936 lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho, e fundou em São Paulo a revista Problemas, além de outras. Durante a Segunda Guerra Mundial, atuou como correspondente de guerra junto à F.E.B. (Força Expedicionária Brasileira).
Rubem Braga fez diversas viagens ao exterior, onde desempenhou função diplomática em Rabat, a capital do Marrocos, atuando também como correspondente de jornais brasileiros. Após seu regresso, exerceu o jornalismo em várias cidades do país, fixando domicílio no Rio de Janeiro, onde escreveu crônicas e críticas literárias para o Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão. Sua vida como jornalista registra a colaboração em inúmeros periódicos, além da participação em várias antologias, entre elas a Antologia dos Poetas Contemporâneos.
Fonte: Wikipédia.
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Imperceptivelmente.
IMPERCEPTIVELMENTE
Assim como uma sombra que
simplesmente,
passa sem ser notada
nem sentida,
tu,
imperceptivelmente,
passaste na minha vida.
R.S.Furtado.
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sábado, 4 de fevereiro de 2012
As Estrelas.
AS ESTRELAS
Boas amigas, imortais estrelas,
eu vos comparo, ó níveas criaturas,
ao ver-vos caminhar nessas alturas,
a um rebanho de lúcidas gazelas.
Bem se assemelha o vosso olhar ao delas,
ninho de amor e ternas amarguras,
mas sois mais puras que as gazelas puras,
boas amigas, imortais estrelas!
Às vezes, levo as noites, fielmente,
a vos seguir ai nas nebulosas
planícies como um cão triste e dormente...
mas vós fugis de mim! – silenciosas
mergulhais no infinito, de repente,
como um bando de letras luminosas.
Luís Guimarães Júnior
Leia mais um belo soneto e a biografia do autor aqui!
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Deus.
DEUS
À noite, há um ponto do corredor
em que um brilho ocasional faz lembrar
um pirilampo. Inclino-me para o apanhar
- e a sombra apaga-o. Então,
levanto-me: já sem a preocupação
de saber o que é esse brilho, ou
do que é reflexo.
Ali, no entanto, ficou
uma inquietação; e muito tempo depois,
sem me dar conta do motivo autêntico,
ainda me volto no corredor, procurando a luz
que já não existe.
Nuno Júdice
Nuno Júdice (Mexilhoeira Grande, 1949) é um ensaísta, poeta, ficcionista e professor universitário português.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa e obteve o grau de Doutor pela Universidade Nova, onde é Professor Catedrático, apresentando, em 1989, uma dissertação sobre Literatura Medieval. Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto Camões em Paris, publicou antologias, edições de crítica literária, estudos sobre Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa e mantém uma colaboração regular na imprensa. Divulgador da literatura portuguesa do século XX, lançou, em 1993, Voyage dans uns siècle de Littératura Portuguaise. Organizou a Semana Europeia da Poesia, no âmbito da Lisboa '94 - Capital Europeia da Cultura. Quer Ler mais?
Fonte: http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=681
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