ENCRUZILHAMENTO DE LINHAS
Núcleo de convergência no bojo da noite oval.
Lanterna Verde
(amêndoa fosforescente
dentro da casca carbonizada)
Longitudinal, centrífugo,
o trem racha em duas metades
a espessura do escuro
e, cuspindo pela boca da chaminé
as estrelas inúteis à propulsão,
atira-se desenfreado
nos trilhos livres.
Mas se o maquinista fosse daltônico
a locomotiva teria parado.
Felipe d'Oliveira
Felipe Daudt d'Oliveira (Santa Maria, 23 de agosto de 1890 — Paris, 17 de fevereiro de 1933) foi um poeta e escritor brasileiro.
Filho do pernambucano Filipe Alves de Oliveira e de Maria Adelaide Daudt de Oliveira. Em 1908, formou-se farmacêutico, pela Faculdade Livre de Medicina e Farmácia, em Porto Alegre. Na época, colaborava para vários periódicos, entre os quais, o jornal Correio do Povo, Revista Fon-Fon, Gazeta de Notícias. Também já integrava o Grupo dos Sete, difusor do Simbolismo no Rio Grande do Sul.
Seu primeiro livro de poesia, Vida Extinta, foi publicado em 1911; o segundo, Lanterna Verde saiu apenas em 1926. Em 1930 integrou o grupo Tríade Indissolúvel, com seu tio paterno João Daudt de Oliveira e com João Neves da Fontoura, no trabalho para a vitória da Aliança Liberal.
Tem o seu poema Magnificat citado, em virtude do sentimento de continentalidade americana, na conferência Poesia Moderníssima do Brasil , pronunciada na Faculdade de Letras de Coimbra pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manuel de Sousa Pinto; e publicada no Jornal do Commercio, domingo, 11 de janeiro de 1931, página 3.
Em 1932, participou da Revolução Constitucionalista, em São Paulo, que lhe custou o exílio na França.
No Brasil foram publicada suas obras Alguns Poemas (1937) e a obra em prosa Livro Póstumo (1938). Sua obra poética foi influenciada, nos primeiros anos, pela estética simbolista e, a partir de 1926, passou a incorporar elementos das vanguardas modernistas.
Sofreu a influência da poesia de Baudelaire, Cesário Verde, Cruz e Sousa, Gabriele d'Annunzio, Maeterlink e Marcelo Gama.
Conviveu com Agripino Grieco, Álvaro Moreyra, Antonio Barreto, Carlos de Azevedo, Eduardo Guimaraens, Francisco Barreto, Guilherme de Almeida, Homero Prates, Paulo da Silveira, Ronald de Carvalho, Teixeira Soares, Villa-Lobos.
É patrono da cadeira 37 da Academia Rio-Grandense de Letras. Com seu nome foi batizada uma rua de Porto Alegre (no bairro Bom Fim) e outra no Rio de Janeiro (no bairro Copacabana).
Fonte: Wikipédia.
17 comentários:
muy poético tema.
un abrazo
Se tu amas uma flor que se acha numa estrela,
é doce, de noite olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.
Saint Exupéry
Saudações Poéticas!Sempre Beijos! M@ria
Oi Furtado!
Tempo que não passo aqui!
Adorei o poema. Autor pernambucano que eu não conhecia!
Ando sem tempo para comentar. Sei que é um erro, mas as vezes só coloco o post dos blogs e saio.
Bem desculpe a falta de comentários mais para passar por muitos tenho que não parar para comentar!
Vou tirar um dia na semana só para comentários!!:D
Belo fim de semana!
Beijos,
Elaine Crespo
Furtado desculpe!
Ele é Gaúcho!
A pressa é inimiga da perfeição!(risos)
Beijos
Elaine Crespo
Belo, belo, belo! Recurso poético da melhor qualidade.
BeijooO*
Rosemildo, eu adorei!!!
Beijossssssss
Será que teria parado???
Um beijo Lisette.
Um texto poético sim, mas também uma profunda e iluminada mensagem! Obrigada por compartilhar amigo! Um lindo dia pra ti... Carinhos... Bjsss
Belissimo poema amigo,,,sensibilidade sempre...abraços de bom final de semana na paz de Deus.
Foi lindo isso.
Bjs*
Olá amigo
Subjetivo, porém belo.
Abração
Poético ao extremo.
bjos
Sales,
Não conhecia ainda este poeta....
Interessante e reflexivo texto
se o maquinista fosse daltonico, não poderia ser maquinista.
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Olá, minha primeira visita aqui no seu espaço e já virei fã!!! Parabéns pelo Blogue, virei mais vezes para um olhar mais atento, com certeza!!!
Abraço Lusitano, Zé Maria
Muito lindo!Que teu fds seja bem legal!abraços,chica
Meu querido amigo
Como sempre um belo poema e biografia condizente.
beijinhos
Sonhadora
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