segunda-feira, 30 de maio de 2016

Morremos!

    

MORREMOS!

Cansei de mendigar as tuas ínfimas migalhas,
Arrastar-me aos teus pés como um mísero coitado.
Implorar o teu amor e só receber tuas ralhas,
Como um germe qualquer, todo tempo enxotado.

Cansado da tua frieza, da tua cruel indiferença,
Vivendo só de amargura, foi essa a minha revolta.
Por não poder alimentar mais a minha crença,
Nem a esperança de um dia poder ter-te de volta.

Quem sabe, a vida nos ofereça algo bem diferente,
De tudo aquilo que em tão pouco tempo tivemos.
Muito amor, paz e felicidades venham de presente,
Para que logo esqueçamos que nos conhecemos.

Segues o teu caminho, esqueces que me conheceste,
Tires da mente a minha praia, ancores em outro porto.
Para mim já não mais existes, passaste e morreste,
Pois pra ti já não mais existo, passei, estou morto.

R.S. Furtado.



15 comentários:

Smareis disse...

Olá Furtado!
Excelente poema.
Você tem um dom pra tecer versos incrível. Parabéns!
Andei dando uma pequena pausa que acabou se alongando. Mais a saudade bateu, e de volta estou no meu blog.
Um abraço e ótima semana!

Jaime Portela disse...

Quando o amor não é correspondido, muitas vezes a melhor saída é desistir e rumar a outro porto de abrigo, a outra praia...
Magnífico poema, gostei imenso.
Furtado, tem uma boa semana.
Abraço.

chica disse...

Linda poesia, triste despedida e desilusão! abração, ótima semana,chica

Edum@nes disse...

Morremos, sim é verdade,
gostaria que não fosse assim
morrem as flores no jardim
não por falta de claridade!

Mas o mundo é mesmo assim,
o destino o terá determinado
tudo o que tem principio tem fim
disso ninguém será culpado?

Tenha uma abençoada semana,
com tudo o que mais na vida deseja
no campo, na praia ou na cabana
amigo Furtado, onde quer que esteja!

Um abraço,
Eduardo.

Bell disse...

Toda vez que a gente se esforça pra ter atenção, acabamos deixando o amor próprio de lado e vivendo de migalhas que não enchem barriga.

bjokas =)

Vera Lúcia disse...


Olá Furtado,

Um poema intenso, inspirado num amor não correspondido. Não se vive de migalhas no amor. A indifernça dói. Quando tal acontece, melhor mesmo cada um seguir seu caminho, dando-se oportunidade para ser feliz novamente.

Ótima semana!

Grata pelo carinho da visita.

Abraço.

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Belo e intenso poema amigo Rosemildo.
Um abraço e boa semana.

Elvira Carvalho disse...

Um belo poema que gostei de ler.
Obrigada pela partilha
Abraço

Tais Luso de Carvalho disse...

...e chegou ao fim um amor cheio de mágoas, sofrido, descrente.
Triste um final assim, poema que descreve uma grande verdade. E ficou lindo; lindo na desgraça...
beijo, Furtado!

CÉU disse...

olá, Rosemildo...

quadras mto bem feitas e pontuadas. certinhas.
pois é, desamor com desamor se paga.

agradeço sua visita e gentis palavras. beijos e boa semana.

SOL da Esteva disse...

O Amor (vero e real) pressupõe partilha. Quem não recebe eco do seu sentir, sofre na solidão.


Abraço
SOL

Zilani Célia disse...

OI ROSEMILDO!
MAS, QUE COISA MAIS LINDA!
HÁ MOMENTOS EM QUE TEMOS DE COLOCAR OS PÉS NO CHÃO E ENTENDER QUE SE JÁ NÃO REPRESENTAMOS AO OUTRO O QUE QUEREMOS, MELHOR É NOS AFASTARMOS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/

Daniel Costa disse...

Rosemildo Furtado

Como sempre, o poema é bem gostoso, pela imagética construída de saborosa leitura; algo que se retém e que nos acrescenta sabor poético.
Abraços

Maria Rodrigues disse...

Meu amigo tão triste e tão belo.
Quando o amor acaba, o melhor é cada um seguir o seu caminho.
Um grande abraço
Maria

POESIAS SENSUAIS E CONTOS disse...

Belo poetar