HORA AFLITA
Vêm
os dias de angústia; os mais amenos
Passaram...
hoje a sorte que intimida
Põe
nos meus olhos calmos e serenos
Uma
ansiedade quase irreprimida.
Mas
isto passa. Todos mais ou menos
Passam
por isto: acalma-te, querida!
A
vida é grande e somos tão pequenos
Que
encontraremos um lugar na vida.
Ah!
Tu bem sabes! Todo o mundo sabe
O que é natural que atrás desta parede
O
pão nos falte e todo o vinho acabe.
–
Tudo nos falta, mas não nos consome,
Quem
tem água nos olhos não tem sede,
Quem
tem beijos na boca não tem fome.
Virgílio
Brígido Filho
Virgílio Brígido – Filho do Coronel Raymundo Vossio Brigido das
Santos e D. Pacifica de Medeiros Brígido, nasceu na povoação de
Santa Cruz, da comarca de Uruburetama, a 24 de Abril de 1854. Pelo
lado materno pertence á família Azevedo e Sá. Genro do Commendador
Felício de Souza Brandão, que foi empregado d'Alfandega do Rio de
Janeiro e faleceu victima de um desastre de automóvel a 31 de julho
de 1913. Cursou humanidades no... Leia mais aqui:
8 comentários:
Gostei muito, mais uma bela leitura por aqui tu nos proporcionas! Valeu! abração, lindo dia! chica
Com amor nada mais nos falta, lindo e romântico. boa escolha. Agradeço, abraços carinhosos
Maria Teresa
Lindíssimo! Boa escolha!
Bons dias,
Renata
Outro grande poeta! O soneto é maravilhoso e quem me dera escrever um dia um soneto que a este se aproximasse...:-) Realmente quem tem água nos olhos não sente sede e o beijo sacia a fome. E todos nós por mais pequenos teremos sempre o nosso lugar neste universo.
Gostei muito.
xx
Angústia não é privilégio de ninguém, mas isso passa, principalmente quando o amor resiste.
Abração
Hora aflita,
meio copo de vinho
em cima de uma mesita
dentro de um prato um pãozinho
para satisfazer a barriguita
viva o velho e viva o novo
dessa casa viva toda a família
gente humilde, gente do povo!
Boa noite amigo Furtado, um abraço.
Eduardo.
EXCELENTÍSIMO SONETO.
UN ABRAZO
A força do amor diante das vicissitudes da vida. Grandioso soneto! Abraço.
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