CELINA
A mais argêntea
flor, a mais mimosa,
Não lhe imita,
talvez, a casta alvura,
A meiga e doce
virginal candura
Da jaspeada face
setinosa.
Quando ella ri –
os labios purpurinos
São como o roseo
centro perfumado
D'esse bouquet
phantastico e perlado
Pelos lirios dos
dentes opalinos.
Nem mesmo sei que
douda phantasia
Encerre mais
encantos e magia
Que as formas ideaes
e transcendentes
D'essa nevada e
languida cecem,
D'essa creança
angélica, que tem
Rosas na bocca e
perolas nos dentes.
Enéas Galvão
ENÉAS
GALVÃO, filho do Tenente-General Rufino Enéas Gustavo Galvão,
Visconde de Maracaju e D. Maria Faustina Passos Galvão, nasceu em 20
de março de 1863, em S. José do Norte, na província do Rio Grande
do Sul.
Formou-se
em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São
Paulo, recebendo o grau de Bacharel em 1886.
Iniciou
sua carreira na Magistratura sendo nomeado Promotor Público da
comarca de Barra Mansa, em decreto... Leia mais aqui:
2 comentários:
Muito linda essa poesia escolhida,Rosemildo! abração, tudo de bom,chica
Muito lindo e apaixonado soneto! Abraços e bom fim de semana,
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