sexta-feira, 18 de julho de 2014

Celina.

     
CELINA

A mais argêntea flor, a mais mimosa,
Não lhe imita, talvez, a casta alvura,
A meiga e doce virginal candura
Da jaspeada face setinosa.

Quando ella ri – os labios purpurinos
São como o roseo centro perfumado
D'esse bouquet phantastico e perlado
Pelos lirios dos dentes opalinos.

Nem mesmo sei que douda phantasia
Encerre mais encantos e magia
Que as formas ideaes e transcendentes

D'essa nevada e languida cecem,
D'essa creança angélica, que tem
Rosas na bocca e perolas nos dentes.

Enéas Galvão


ENÉAS GALVÃO, filho do Tenente-General Rufino Enéas Gustavo Galvão, Visconde de Maracaju e D. Maria Faustina Passos Galvão, nasceu em 20 de março de 1863, em S. José do Norte, na província do Rio Grande do Sul.

Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo, recebendo o grau de Bacharel em 1886.

Iniciou sua carreira na Magistratura sendo nomeado Promotor Público da comarca de Barra Mansa, em decreto... Leia mais aqui:

2 comentários:

chica disse...

Muito linda essa poesia escolhida,Rosemildo! abração, tudo de bom,chica

Anne Lieri disse...

Muito lindo e apaixonado soneto! Abraços e bom fim de semana,