A
FLOR DA DECADÊNCIA
Sou
como o guardião dos tempos do mosteiro!
Na
tumular mudez dum povo que descansa,
As
criações do sonho, os fetos da esperança
Repousam
no meu seio o sono derradeiro.
De
quando em vez eu ouço os dobres do sineiro:
É
mais uma ilusão, um féretro que avança...
Dizem-me
– Deus... Jesus... outra palavra mansa
Depois
um som cavado – a enxada do coveiro!
Minh'alma,
como o monge à sombra das clausuras,
Passa
na solidão do pó das sepulturas
A
desfiar a dor no pranto da demência.
–
E é de cogitar insano nessas cousas,
É
da supuração medonha dessas lousas
Que
medra em nós o tédio – a flor da decadência!
Fontoura
Xavier
Antônio
Fontoura Xavier nasceu em Cachoeira do Sul, interior do estado do Rio
Grande do Sul, em 07 de julho de 1856, filho de Gaspar Xavier da
Silva e Clarinda Amália da Fontoura Xavier. Estudou Humanidades no
Rio de Janeiro de 1870 a 1873. Iniciou em 1874, no Rio de Janeiro, o
curso de Engenharia, mas acabou... Leia mais aqui:
7 comentários:
Oi Rosemildo.
Que bela e triste poesia.
Obrigada pelo carinho
Amanhã será só amor.kkkk
Beijos
Lua Singular
Muito linda essa poesia desse gaúcho... Gostei! abração,lindo e feliz fds! chica
Muito bom o soneto, que é a minha forma poética preferida.
Querido Poeta, boa semana a si e aos seus.
Abraço,
Renata
Vou ter muito que ler e estudar: não domino esta ausência de conhecimentos sobre tão grandes Poetas, como os que vais apresentando.
Magnífico Soneto.
Abraços
SOL
Um intenso e belo poema, não conhecia o poeta, obrigado pela pratilha.
Beijinhos
Maria
Oi Rosemildo,
Nem fala em mortes, quero viver muito, pois já enterrei muitas pessoas amadas e não tenho mais lágrimas para debulhar.
Uma linda noite
Beijos
Lua Singular
MUY REFLEXIVO TEXTO.
UN ABRAZO
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