TÂNTALO
Não
poderei ter de certo os olhos sempre enxutos
Quem
sofre qual, no Erebo, o Tãntalo maldito:
Sedento –
vê debalde um córrego infinito;
Faminto –
vê debalde os floridos produtos!...
Ante um
castigo tal, que apiedava os brutos
Leve
talvez pareça um bárbaro delito!...
Foge
sempre a torrente ao mísero precito
E, se
tenta comer, escapam-se-lhe os frutos!
Há
Tântalos também na vida transitória:
Querem
estes a lympha e os pomos do talento,
E morrem
no hospital para viver na história.
Desditosos
que são... no malogrado intento!...
Longe de
haverem ganho os loiros da vitória,
Encontram
no sepulcro o eterno esquecimento!
Inácio
Raposo
Inácio
Raposo – Escritor brasileiro. Nasceu em Alcântara, Estado do
Maranhão, a 16-6-1875. Iniciou seus estudos na terra natal. Aos doze
anos veio para São Luís, onde fez o curso de humanidades.
Frequentou escolas superiores de Recife, São Paulo e Rio de Janeiro.
Dedicou-se à imprensa e ao magistério. Foi professor catedrático
de filosofia do direito, do Rio de Janeiro e de metafísica, na
faculdade de Filosofia da mesma cidade. Embora não se sentisse
atraído para as agremiações científicas, foi eleito membro de
diversas delas, nacionais e estrangeiras. Ingressando temporariamente
na política, representou como deputado seu Estado natal,
destacando-se, no desempenho do mandato,... Leia mais aqui:
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4 comentários:
Intensos versos.Acho que esse eu não conhecia ainda! Gostei! abração, lindo fds! chica
TEXTO MUY PROFUNDO!!!!
UN ABRAZO
OI FURTADO!
GOSTO MUITO DE LER TEXTOS DE ESCRITORES DO PASSADO, A LINGUAGEM DA ÉPOCA É MUITO INTERESSANTE E RICA, MAIS AINDA PELA BELEZA DA POESIA EM QUESTÃO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Boa tarde Furtado,
Uma poesia bem escrita com palavras difíceis até par o meu entendimento.
Fosse meu filho a ler essa poesia seu entendimento seria mil, pois estudou muito, mas eu sou popular, escrevo o que sinto com um português comum a todos.
Valeu!
Bom domingo
Lua Singular
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