SER E NÃO SER
Se te procuro, fujo de
avistar-te,
E se
te quero, evito mais querer-te,
Desejo
quase... quase aborrecer-te,
E se
te fujo, estás em toda parte.
Distante,
corro logo a procurar-te,
E
perco a voz e fico mudo ao ver-te,
Se
me lembro de ti, tento esquecer-te,
E se
te esqueço, cuido mais amar-te.
O
pensamento assim partido ao meio,
E o
coração também assim partido,
Chamo-te
e fujo, quero-te e receio!
Morto
por ti, eu vivo dividido,
Entre
o meu e o teu ser sinto-me alheio,
E
sem saber de mim, vivo perdido!
José
Bonifácio
Naturalista, estadista e poeta. José Bonifácio de Andrada e Silva
nasceu em Santos, em 13 de jundo de 1763, faleceu em 6 de abril de
1838, na cidade de Niterói. Seu nome é referido historicamente como
o “Patriarca da Independência”.
Era de uma família aristocrata portuguesa, filho de Bonifácio José
Ribeiro de Andrada e de Maria Bárbara da Silva. Sua mãe teve dez
filhos, sendo quatro mulheres e seis homens. Aprendeu a ler e
escrever com o próprio pai, pois ná época, não havia escola perto
de onde morava.
Em 1777, mudou-se para São Paulo, onde pode estudar de forma mais
regular as matérias de gramática, retórica e filosofia que eram
oferecidas por Dom Frei Manuel da Ressurreição. O Frei Manuel da
Ressurreição prestava um ensino preparatório para... Leia mais
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7 comentários:
Que legal a poesia dele,Não conhecia! abração,linda semana! chica
Ol´[a meu amigo,
Gostei do poema,
aquela forma de dizer
o que sentimos
sem nada poder fazer,
o querer sem querer,
mas querendo,
o poder de sentir,
sem poder de realizar,
aquela coisa subindo e descendo
que a gente esforça por esquecer
e ao mesmo tempo ficar a lembrar
o que não se quer,
o que se deseja, mas não pode,
os indos e vindos que não se sustenta
e que a gente segura sem saber porque.
Um grande abraço
sempre a admirar os belos
poemas aqui lançados...
Beijinhos
Livinha
Não conhecia o poeta nem o poema.
Mas gostei de ler este soneto clássico.
Caro amigo, tem uma boa semana.
Abraço.
Na floresta perdida!
Flor ausente do jardim
Está triste a rapariga
Ser e não ser, assim!
Por onde passa a formiga!
Sentanta è beira da vereda
Menina, assim não fica
Exposta dessa maneira!
Belo poema, belos versos.
Tenha uma boa tarde amigo Furtado.
um abraçp
Eduardo
OI ROSEMILDO!
GOSTEI DE LER, FUI ATÉ O FINAL DA LITURA SOBRE JOSÉ BONIFÁCIO POR CURIOSIDADE POIS CONHECIA SEU PAPEL NA HISTÓRIA DO BRASIL, MAS NÃO, SER ELE POETA TAMBÉM.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Gostei muito de ler este poema
de alguém que há muito nos deixou,
mas a sua poesia continua.
Obrigada pela partilha.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves
Oi Furtado,
Achei lindo o poema,
um turbilhão de emoções,
repleto de sentimentos confusos e também lúcidos...
Bjs!
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