segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ser e não ser.


SER E NÃO SER
Se te procuro, fujo de avistar-te,
E se te quero, evito mais querer-te,
Desejo quase... quase aborrecer-te,
E se te fujo, estás em toda parte.

Distante, corro logo a procurar-te,
E perco a voz e fico mudo ao ver-te,
Se me lembro de ti, tento esquecer-te,
E se te esqueço, cuido mais amar-te.

O pensamento assim partido ao meio,
E o coração também assim partido,
Chamo-te e fujo, quero-te e receio!

Morto por ti, eu vivo dividido,
Entre o meu e o teu ser sinto-me alheio,
E sem saber de mim, vivo perdido!

José Bonifácio

Naturalista, estadista e poeta. José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em Santos, em 13 de jundo de 1763, faleceu em 6 de abril de 1838, na cidade de Niterói. Seu nome é referido historicamente como o “Patriarca da Independência”.

Era de uma família aristocrata portuguesa, filho de Bonifácio José Ribeiro de Andrada e de Maria Bárbara da Silva. Sua mãe teve dez filhos, sendo quatro mulheres e seis homens. Aprendeu a ler e escrever com o próprio pai, pois ná época, não havia escola perto de onde morava.

Em 1777, mudou-se para São Paulo, onde pode estudar de forma mais regular as matérias de gramática, retórica e filosofia que eram oferecidas por Dom Frei Manuel da Ressurreição. O Frei Manuel da Ressurreição prestava um ensino preparatório para... Leia mais aqui: 

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7 comentários:

chica disse...

Que legal a poesia dele,Não conhecia! abração,linda semana! chica

Unknown disse...

Ol´[a meu amigo,

Gostei do poema,
aquela forma de dizer
o que sentimos
sem nada poder fazer,
o querer sem querer,
mas querendo,
o poder de sentir,
sem poder de realizar,
aquela coisa subindo e descendo
que a gente esforça por esquecer
e ao mesmo tempo ficar a lembrar
o que não se quer,
o que se deseja, mas não pode,
os indos e vindos que não se sustenta
e que a gente segura sem saber porque.

Um grande abraço
sempre a admirar os belos
poemas aqui lançados...

Beijinhos

Livinha

Nilson Barcelli disse...

Não conhecia o poeta nem o poema.
Mas gostei de ler este soneto clássico.
Caro amigo, tem uma boa semana.
Abraço.

Edum@nes disse...

Na floresta perdida!
Flor ausente do jardim
Está triste a rapariga
Ser e não ser, assim!

Por onde passa a formiga!
Sentanta è beira da vereda
Menina, assim não fica
Exposta dessa maneira!

Belo poema, belos versos.
Tenha uma boa tarde amigo Furtado.
um abraçp
Eduardo

Zilani Célia disse...

OI ROSEMILDO!
GOSTEI DE LER, FUI ATÉ O FINAL DA LITURA SOBRE JOSÉ BONIFÁCIO POR CURIOSIDADE POIS CONHECIA SEU PAPEL NA HISTÓRIA DO BRASIL, MAS NÃO, SER ELE POETA TAMBÉM.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/

irene alves disse...

Gostei muito de ler este poema
de alguém que há muito nos deixou,
mas a sua poesia continua.
Obrigada pela partilha.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves

Clau disse...

Oi Furtado,
Achei lindo o poema,
um turbilhão de emoções,
repleto de sentimentos confusos e também lúcidos...
Bjs!