FLORESTA MORTA
Por que, à luz de um sol de primavera
Uma floresta morta? Um passarinho
Cruzou, fugindo-a, o seio que lhe dera
Abrigo e pouso e que lhe guarda o ninho.
Nem vale, agora, a mesma vida, que era
Como a doçura quente de um carinho,
E onde flores abriram, vai a fera
Vidrado o olhar – lá vai pelo caminho.
Ah! Quanto dói o vê-la, aqui, Setembro,
Inda banhada pela mesma vida!
Floresta morta a mesma cousa lembro;
Sob outro céu assim, que pouco importa,
Abrigo à fera, mas, da ave fugida,
Há no meu peito uma floresta morta.
Pedro Kilkerry
Poeta brasileiro, Pedro Militão Kilkerry, nascido em 1885, em Salvador da Baía, e falecido na mesma cidade, em 1917, morreu sem ter visto ser publicada em vida nenhuma das suas obras, embora posteriormente tenha sido considerado um dos grandes nomes do simbolismo brasileiro.
Em 1913, fez o bacharelato em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Bahia. Nesta época, colaborava nas revistas Nova Cruzada, Os Anais, Via Láctea e... Leia mais aqui:
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10 comentários:
Que linda poesia e o quanto dói ver florestas sejam como forem, mortas! abração, lindo dia e fds! chica
não morre!
a floresta ressuscita
sempre!
beijo, Furtado.
Bom dia Furtado \o/
Gostei de ler 'Floresta Morta', um poema que pranteia o desmatamento.
Mas se Pedro Kilkerry, faleceu em 1917, estava provavelmente enxergando antecipadamente o que fariam com nossas florestas, décadas depois...
Bjs.
Que bom que o amigo no Dia Mundial
da Poesia tenha inserido um poema
de um Poeta que há muito nos deixou
A poesia é intemporal.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves
Um belo poema. Lamentavelmente, são muitos os que não recebem, em vida, o reconhecimento por seu trabalho. Abraço.
OI ROSEMILDO!
LINDA A POESIA.
ACONTECEU ASSIM TAMBÉM COM MUITOS ESCRITORES, SEREM RECONHECIDOS SÓ APÓS A MORTE, DÁ PENA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Quem dela não gosta!
Nem uma árvore plantou
Porque alguém a matou
Floresta morta!
Gostei do poema,
Não matem a floresta
Quem deu o tema
Foi o poeta!
Boa fim de seman, um abraço.
Eduardo.
Beleza de poesia! A floresta morreu tb no coração do poeta. Abraços e bom final de semana,
Meu amigo
Um poema que é um grito de alerta. É tão triste ver o verde transformado em cinzas.
Uma bela escolha como sempre.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Bom dia amigo venho agradecer sua
gentil visita dizendo tambem que adorei conhecer seu blog e ler esta poesia tão linda e ao mesmo tempo
tão triste se a gente não tomar
consiencia das coisas tristes e sérias que nos rodeiam a natureza vai aos poucos entristecendo tbem
lindo poema um abraço bom final de semana bjs marlene
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