NO
FUNDO DE MIM MESMO
No
fundo de mim mesmo
eu
sinto qualquer coisa que fere minha carne,
que
me dilacera e tortura...
…
qualquer coisa estranha (talvez seja ilusão),
qualquer
coisa que eu tenho não sei onde
que
faz sangrar meu corpo,
que
faz sangrar também
a
Humanidade inteira!
Sangue,
Sangue
escaldante pingando gota a gota
no
íntimo de mim mesmo,
na
taça inesgotável das minhas esperanças!
Luta
tremenda, esta luta do Homem:
E
beberei de novo – sempre, sempre, sempre –
este
sangue não sangue, que escorre do meu corpo,
este
sangue invesível – que é talvez a Vida!
Amilcar
Cabral
Leia
mais um belo poema e a biografia do autor aqui:
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5 comentários:
Linda poesia e fico pensando o quanto tu lês pra encontrar sempre coisas assim de autores diversos e sempre bem escolhidas! abração,chica
Agradeço sua visita que sempre me dá a oportunidade de chegar por aqui e ter para ler um belo poema. Abraço, meu amigo!
Suas postagens são presentes. Gostei muito do poema. Realmente, o que pulsa dentro de nós chama-se vida. Ora nos deixa o sangue calmo, ora o faz ferver diante das intempéries. Abraço.
Meu amigo
Um poema simplesmente maravilhoso de Amilcar Cabral que adorei ler.
Uma boa escolha como sempre.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Meu amigo Furtado
Sempre os versos mais belos
aqui encontro nesse teu pedaço
de encantos, de palavras bafejadas
dos mais incríveis e até mesmo desconhecidos poetas.
Eu vibro cada vez que aqui chego
pois que sempre encontro deveras
novidades de entidades mil...
Parabéns sempre!
Beijos
Livinha
http://escritade.blogspot.com/
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