segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Condor.


CONDOR

De avião, numa viagem turbulenta,
sobre os Andes, eu vi com sobressalto,
um condor a pairar num vôo bem alto,
lutando contra os ventos da tormenta.

Procurava carniças sobre o abismo,
se adernava descendo com mestria,
enfrentava o furor da ventania
sem os riscos temer do cataclismo.

Ao vê-lo assim, senti-me em parceria,
lembrando o meu labor de cada dia,
vi nele a minha luta refletida,

Pois eu no mundo sou seu companheiro,
procurando as carniças do dinheiro,
lutando contra os ventos desta vida.

Ângelo D'ávila


Nascido em Araxá - MG, aos 16 de março de 1924. Filho de José de Ávila e Camélia dos Santos Ávila. Diplomado em Bioquímica, Farmácia e Línguas Neolatinas. Perito criminal aposentado em 1981. Lecionou Português, História, Química e Biologia. Membro fundador da Associação Profissional dos Escritores de Brasília e pertence ao Sindicato dos Escritores de Brasília. Membro Efetivo (XXXVI Cadeira - Mário de Andrade) da Academia de Letras de Brasiliense - ACLEB e Membro Correspondente de inúmeras outras associações literárias. Livros (de poesias) publicados: Canções do Silêncio e Clarões Errantes. Participou de antologias de contos, como Conto Candango (1980) e Contos Correntes (1988).

Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br

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3 comentários:

Anônimo disse...

UNA DEDICATORIA DE ALAS ESTENDIDAS.
UN ABRAZO

chica disse...

Linda poesia e reflexão nela que o auto fez.Bela comparação! abraços, linda semana,chica

Zilani Célia disse...

OI ROSEMILDO!
BOM POST NOS LEVANDO A CONHECER ESTE ESCRITOR E POETA DE NOSSO BRASIL.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/