PAÍSES BAIXOS
rasguei
ó sutiã
(empáfia vã)
rasguei
a calcinha
(glória de mentirinha)
rasguei
a meia nylon
(negaça em vão)
rasguei
os lábios
(odores sábios)
rasguei
a vagina
(vesga malsina)
enjaulei
-me
Sylvio Back
Sylvio Back nasceu em 1937, em Blumenau, SC. Escritor, poeta, ensaísta e, sobretudo, cineasta. Aliás, um dos mais premiados com mais de 70 láureas conquistadas em festivais nacionais e internacionais e cinema. Sua filmografia sobre a história do Brasil promove uma releitura crítica única e original da história e da realidade do país. Aos 48 anos começou a poetar, sem abandonar o cinema, e publicou O caderno erótico de Silvio Back (Tipografia do Fundo de Ouro Preto, 1986). Não parou mais de fazer poesia e publicou em seguida: Moedas de luz (Max Limonad, 1988); A vinha do desejo (Geração Editorial, 1994); Yndio do Brasil ( Nonada, 1995); Boudoir ( 7 Letras, 1999); Eurus (7 Letras, 2004) e Traduzir é poetar às avessas (Memorial da América Latina, 2005). Em janeiro de 2007 declarou que sua estante de poesia é maior do que a de cinema. Realizou 36 filmes, dos quais 10 são longa-metragens e alguns sucessos de bilheteria: Lance maior (1968); A guerra dos pelados (1971); Aleluia Gretchen (1976); A revolução de 30 (1980); República Guarani (1982); Guerra do Brasil (1987); Cruz e Souza – o poeta do desterro (1999) etc. Seu filme mais recente é outra incursão na história recôndita do Brasil: Lost Zweig (2002). Mostra a última semana de vida do escritor judeu-austríaco Stefan Zweig e de sua mulher Lotte, que se suicidaram em Petrópolis logo após o Carnaval de 1942.
6 comentários:
Linda e criativa poesia! abraços,ótimo fds,chica
ჱܓ
。°✿Amigo,
Como disse o autor no título: países baixos.
Bom fim de semana! ჱܓ
。°✿Beijinhos.
°º✿ Brasil.
º° ✿✿♥ ° ·.
O belo rasgar das sensações...um forte abraço de bom sábado pra ti amigo...
Assim, se diz em tão pouco o muito quase indizível.
L.B.
Belo e diferente poema!!
Rosemildo fiquei sem internet ontem. Ela só chegou agora, a tempo de eu vim desejar-lhe um sábado ótimo e de luz!!!
Beijos,
Carla
Surpreendente poema
Algo como de tudo fiz e sozinha me mantive porque não foi solto o coração...
Satirizando, isto que eu chamo de um saco de atitudes sem o leve pensamento...
Voltndo...
A inspiração das vezes dorme. Vezes manifesta, amarra a solta das entrelinhas a esconder o todo.
É possível? Sim, quando a cegueira entra no meio...
Meu amigo, tenho um lindo e suave fim de semana
Bjs
Livinha
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