domingo, 29 de março de 2009

Não estamos sós

NÃO ESTAMOS SÓS

Nós, seres humanos, considerados os mais inteligentes habitantes deste planeta, talvez, sejamos evoluídos do universo. Há, sob esse aspecto, a considerar que existem milhões de planetas semelhantes ao nosso. Tem, também, que se considerar que há galáxias cuja formação nos antecede em milhões de anos-luz. Mesmo a nossa galáxia, a Via Láctea, pode abrigar a existência de vida inteligente, em condições de evolução muito superiores a nossa. No entanto, pensamos, criamos e estabelecemos conceitos absurdos. Com esse posicionamento de falso saber, procuramos abranger assuntos que, realmente não conhecemos. E o conceito criado sem provas vai passando de geração a geração. E, como ênfase, ainda continua se dizendo: Nós, seres humanos, somos as criaturas mais inteligentes do Universo”. Que absurdo. Quanta pretensão e exagerada vaidade humana... Isso porque, em função da nossa galáxia – pequeníssima em ralação ao Universo” – pouco conhecemos. A verdade é que, ao redor da nossa morada, dentro do nosso espaço estelar, muito nos há revelado. A nossa galáxia, a Via Láctea, considerada uma imensidão para nós, é, dentro do Universo, um pequeníssimo e quase imperceptível grãozinho de pó. Mesmo assim, talvez nunca seja totalmente conhecida pelo ser humano. Além da nossa galáxia, diminuto aglomerado de estrelas e planetas, há inumeráveis outras. Descomunais em seus diversos tamanhos, cujas distâncias nunca serão determinadas. Assim é que, verdadeiramente, deveríamos entender o Universo em suas proporções infinitas.

Essa aceitação de que estamos sós no Universo, não tem fundamento lógico, racional de quem se considera com superior inteligência... Somos, sem dúvida, realmente inteligentes. Já provamos isso. Mas, a nossa caminhada evolutiva, certamente, nunca terá fim. Em certos aspectos de nossa evolução social, ainda estamos mais atrasados do que as abelhas e as formigas. Elas trabalham em firme inter-relacionamento comunitário com organização social rígida, impossibilitando, entre elas, a chaga da miséria chamada fome. Essa megalomania humana em se considerar o ser mais perfeito do Universo, vem, há séculos sendo induzida pelas principais religiões. É por essa razão, que estamos com séculos de atraso em diversas áreas do conhecimento humano. Felizmente, após a queda das injunções impostas pela santa Inquisição, estamos adquirindo sempre novos conhecimentos. “Até o inicio deste século, nossa galáxia era considerada o principal elemento do Universo. Com as novas técnicas de observação descobriram-se até onde foi possível, bilhões de estruturas semelhantes”.

A vaidade humana, ao ser vista como megalomania, às vezes, foge até dos limites mais simples da razão. Como aceitar sem nenhuma análise conceitos antigos, há muito ultrapassados? Com que base racional se assevera que, no Universo, só existe vida inteligente aqui na Terra?... Há alguns, que, sem o poder livre e lógico do raciocínio, verdadeiros autômatos autoinduzidos por religiosas lavagens cerebrais, se aquietam íntima e exteriormente. Outros procuram pressupostos argumentos sem nenhuma lógica, vazios, faltando o fundamental sentido da razão. Há, também, aqueles que usam o secular obscurantismo religioso. Um absurdo, sem nenhum nexo com a científica realidade cosmológica. Parece até que ainda estamos na Idade Média, de triste memória. Esses, num mesmo disparate, enfatizam: “a única morada do ser humano – ou ser inteligente igual ao homem é, aqui, neste planeta, a Terra”.

Diante de cada nova descoberta, por mais surpreendente e importante que seja, a astronomia coloca apenas um pequeníssimo alfinete no mapa cósmico. A astronomia, com o apoio das ciências correlatas, vai abrir outros mais largos horizontes no mapa sideral. Outras perspectivas, imensas possibilidades surgirão, alargando cada vez mais o conhecimento humano. Paradoxalmente, quanto mais se descobre, o Universo mais cresce diante de nós, havendo muito mais a se descobrir. Nesse contexto, quanto mais a astronomia avança, a Via Láctea se assemelha a um ínfimo grão de pó no Cosmo.

“Nas nuvens de poeira estelar há moléculas orgânicas. Isso levanta questões fundamentais. A origem do homem pode estar num espaço longínquo? A Terra é o único planeta habitado? Outros mundos também hospedam vida inteligente? Essas têm sido algumas preocupações dos astrônomos de todos os tempos”.


Otacílio Negreiros Pimenta
In Memorian

sábado, 28 de março de 2009

Mulheres.




MULHERES


As mulheres são como as flores, cada uma tem o seu 'QUÊ' de especial.”

R.S. Furtado 

quarta-feira, 18 de março de 2009

Jogo de xadrez

Hoje vamos iniciar uma série de postagens com informações relacionadas às invenções e descobertas, desde a era antes de CRISTO. Vamos começar com o Jogo de xadrez.


3000 – Inventa-se no Ceilão (Ilha do Sul do Indostão), o jogo de xadrez, que é introduzido na Índia e outros países do Oriente. Atribui-se a invenção desse jogo a Sissa, um brâmane. Vivia na corte do rajá indiano Balhait. Tratava-se dum sábio. Por isso o rei pediu-lhe que criasse um jogo capaz de demonstrar as qualidades da prudência, diligência, visão e conhecimento. Deveria opor-se ao fatalista “nard” (gamão) em que o resultado é decidido pela sorte. Sissa apresentou ao rei um tabuleiro de xadrez. Suas peças representavam os quatro elementos do exército indiano, carros, cavalos, elefantes e soldados a pé, comandados por um rei e seu vizir. Sissa explicou que escolhera a guerra como modelo para o jogo, porque via nela a escola mais eficiente, onde se aprendia o valor da decisão, do vigor, da persistência, da ponderação e da coragem. Sissa fez-lhe ver, ainda, que o rei, a peça mais importante de nada valia sem a ajuda dos seus súditos. Balhait ficou maravilhado com o jogo. Ordenou que ele fosse ensinado nos templos. Via nos seus princípios o fundamento de toda justiça. Disse então a Sissa: - “Pedi qualquer recompensa que desejardes, será vossa”. Este, na qualidade de cientista, querendo pregar-lhe uma nova lição, respondeu: - “Daí-me uma recompensa em grãos de milho sobre o tabuleiro de xadrez. Na primeira casa, um grão; na segunda, dois; na terceira, quatro; na quarta, o dobro de quatro; e assim por diante, até a última casa.” O rei ordenou que fosse trazido o milho. No entanto, antes que tivesse atingida a trigésima casa, todo o milho da Índia estava esgotado. Preocupado, olhou para Sissa, mas este disse, sorrindo, que já sabia não lhe ser possível receber a recompensa pedida, porque a quantidade necessária cobriria toda a superfície da terra com uma camada de nove polegadas de espessura. Conta-se que o rei não soube o que mais admirar, se a invenção do xadrez ou o engenhoso pedido de Sissa. Esse fabuloso número, modesto na aparência, envolvendo a formula 2 64-1, atinge a soma de........... 18 446 744 073 709 551 615 grãos. Esse total, comenta o escritor árabe Al Beruni, corresponde a 2305 montanhas, o que é mais do que o mundo inteiro contém.


Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas feitas pelo ilustre professor Elias Barreto e publicado pela “Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas”, edição de 1967, volume 1, páginas 9 e 10.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cadê a EDUCAÇÃO?

Cadê a EDUCAÇÃO?

A maior graça que o brasileiro poderia receber, seria a volta dos tempos em que se tinha uma verdadeira EDUCAÇÂO, principalmente a doméstica, considerada como a
essência primordial nas escolas e prioritariamente nos lares. No passado, os pais tinham realmente poderes sobre os filhos. Além do amor e do carinho, orientava-os sobre o caminho do bem e, sobre tudo, o amor a DEUS, aos pais, parentes de um modo geral e, respeito aos seus semelhantes, independente de cor, raça, religião, ideologia, etc. Naquela época, o boneco que mijasse fora do caco era castigado, e por isso, seguiam rigorosamente os ensinamentos proferidos pelos pais que, com muito carinho e abnegação, investiam no futuro dos filhos, a fim de que os mesmos se tornassem verdadeiros homens de bem. Hoje estamos vivendo num mundo onde as pessoas na sua maioria, são muito mal educadas, desumanas, desprovidas do mínimo senso de pudor e dotadas de desprezível instinto de perversidade. O cidadão não pode circular pelas ruas temendo um assalto, uma bala perdida, violência de policiais, seqüestro, violência sexual, sujeito ao desrespeito à lei do trânsito – devido à ação dos motoristas mal educados ou embriagados/drogados -, sujeito a ser assassinado e muitas outras adversidades. Os pais atualmente não detêm as rédeas, e as crianças vivem soltas nas ruas cheirando cola, assaltando roubando, matando, se prostituindo e cometendo constantes atrocidades. Muitos pais alegam a falta de recursos para manutenção da família e que são obrigados a saírem para o trabalho, não tendo como educá-los – na sua totalidade nunca receberam a educação necessária, a fim de transmiti-la aos mesmos - ficando os filhos a mercê do tempo, o que para eles é bem melhor viverem nas ruas, que viverem em casa sem terem o que comer. O Brasil está mergulhado na mais completa violência, as barbaridades acontecem livremente e as autoridades competentes não tomam as mínimas providências, conforme noticiários da imprensa escrita, falada e televisada.

Fato bastante lamentável ocorreu no dia 30-11-98, no Centro de Ciências Humanas da Universidade do Rio de Janeiro (Uni Rio), quando um grupo de estudantes agrediu com notas amassadas de R$ 1,00, moedas e bolinhas de papel, a Sra. Ruth Cardoso, quando na oportunidade assinava um protocolo de intenções entre 20 instituições de ensino público e privado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, a fim de regionalizar as ações do programa Comunidade Solidária. O mais vergonhoso é que a agressão partiu de estudantes universitários e não de pessoas analfabetas, conforme citação no início deste trabalho. Estudantes até do 8º período, sem a mínima dose de educação doméstica, agindo como verdadeiros marginais descomposturados, sem o mínimo de vergonha na cara. Será que esses estudantes terão condições de gerir os destinos desta nação? Será que os pais estão cientes dos vermes que colocaram nas universidades? Ou será que realmente têm consciência e apóiam a ação dos filhinhos? Será que os pais sabem a qualidade dos cavalicoques – que me perdoem os pobres animais pela comparação - que têm? O respeito é obrigação que todos devem ter para com seus semelhantes. Não que morra de amores pelo senhor presidente e pela sua esposa, porém devemos avaliar a gravidade do ato pelos seguintes motivos: Primeiro, por tratar-se de nosso semelhante; Segundo, por tratar-se de uma senhora e, o mais agravante, com idade suficiente para ser avó de muitos que estavam presentes; Terceiro, Por tratar-se principalmente da primeira dama do país.

Segundo o reitor da Uni Rio, Sr. Hans Jürgen Dohmann, a culpa foi da Sra. Ruth, por não ter solicitado reforço de segurança. Só que o mesmo, sabedor da qualidade dos animais que freqüentavam a universidade, deveria independentemente da solicitação, aumentar a segurança da casa, visto que, a EUTANÁSIA não é legalizada, principalmente no Brasil. Se a primeira dama não solicitou reforço na segurança, foi por imaginar estar num local freqüentado por seres humanos e não por meras cavalgaduras. Portanto, a responsabilidade pelo ocorrido é totalmente do senhor reitor, que deve agradecer a DEUS pelo fato de não ter havido maiores conseqüências em função do vandalismo.

É justo que as universidades não sejam privatizadas, concordo plenamente, porém, existem outras formas de negociação, como o diálogo, por exemplo. Feliz a Sra. Ruth quando disse: “Só com o diálogo é que realmente poderemos avançar na educação, para construir um Brasil melhor”. Nota “10” com louvor para a Sra. Ruth, pela maneira honrada e educada com que se portou quando dos xingamentos. Nota “0” com escárnio para os moleques que mostraram não merecer o convívio com uma sociedade civilizada.

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O texto descrito acima é, na íntegra, de um artigo que escrevi e foi publicado no Jornal do Commércio de Recife, no mês de dezembro de 1998. Passados mais de 10 anos e como podemos observar, lamentavelmente nada mudou. Aliás, mudou sim, mudou pra pior, haja vista os tristes acontecimentos no trote dos calouros de São Paulo, onde além de outras aberrações, resultou também em queimaduras de 2º grau na jovem Priscila Vieira Muniz, grávida e do jovem Bruno César Pereira, internado com coma alcoólico, por ter sido forçado a beber excessivamente. Recentemente tivemos a triste notícia através da imprensa mundial das tragédias ocorridas nos Estados Unidos e na Alemanha. Agora, cabe mais uma vez a pergunta: “Cadê a EDUCAÇÃO?” Com a palavra as autoridades constituídas.

R.S. Furtado