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sexta-feira, 13 de março de 2009

Cadê a EDUCAÇÃO?

Cadê a EDUCAÇÃO?

A maior graça que o brasileiro poderia receber, seria a volta dos tempos em que se tinha uma verdadeira EDUCAÇÂO, principalmente a doméstica, considerada como a
essência primordial nas escolas e prioritariamente nos lares. No passado, os pais tinham realmente poderes sobre os filhos. Além do amor e do carinho, orientava-os sobre o caminho do bem e, sobre tudo, o amor a DEUS, aos pais, parentes de um modo geral e, respeito aos seus semelhantes, independente de cor, raça, religião, ideologia, etc. Naquela época, o boneco que mijasse fora do caco era castigado, e por isso, seguiam rigorosamente os ensinamentos proferidos pelos pais que, com muito carinho e abnegação, investiam no futuro dos filhos, a fim de que os mesmos se tornassem verdadeiros homens de bem. Hoje estamos vivendo num mundo onde as pessoas na sua maioria, são muito mal educadas, desumanas, desprovidas do mínimo senso de pudor e dotadas de desprezível instinto de perversidade. O cidadão não pode circular pelas ruas temendo um assalto, uma bala perdida, violência de policiais, seqüestro, violência sexual, sujeito ao desrespeito à lei do trânsito – devido à ação dos motoristas mal educados ou embriagados/drogados -, sujeito a ser assassinado e muitas outras adversidades. Os pais atualmente não detêm as rédeas, e as crianças vivem soltas nas ruas cheirando cola, assaltando roubando, matando, se prostituindo e cometendo constantes atrocidades. Muitos pais alegam a falta de recursos para manutenção da família e que são obrigados a saírem para o trabalho, não tendo como educá-los – na sua totalidade nunca receberam a educação necessária, a fim de transmiti-la aos mesmos - ficando os filhos a mercê do tempo, o que para eles é bem melhor viverem nas ruas, que viverem em casa sem terem o que comer. O Brasil está mergulhado na mais completa violência, as barbaridades acontecem livremente e as autoridades competentes não tomam as mínimas providências, conforme noticiários da imprensa escrita, falada e televisada.

Fato bastante lamentável ocorreu no dia 30-11-98, no Centro de Ciências Humanas da Universidade do Rio de Janeiro (Uni Rio), quando um grupo de estudantes agrediu com notas amassadas de R$ 1,00, moedas e bolinhas de papel, a Sra. Ruth Cardoso, quando na oportunidade assinava um protocolo de intenções entre 20 instituições de ensino público e privado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, a fim de regionalizar as ações do programa Comunidade Solidária. O mais vergonhoso é que a agressão partiu de estudantes universitários e não de pessoas analfabetas, conforme citação no início deste trabalho. Estudantes até do 8º período, sem a mínima dose de educação doméstica, agindo como verdadeiros marginais descomposturados, sem o mínimo de vergonha na cara. Será que esses estudantes terão condições de gerir os destinos desta nação? Será que os pais estão cientes dos vermes que colocaram nas universidades? Ou será que realmente têm consciência e apóiam a ação dos filhinhos? Será que os pais sabem a qualidade dos cavalicoques – que me perdoem os pobres animais pela comparação - que têm? O respeito é obrigação que todos devem ter para com seus semelhantes. Não que morra de amores pelo senhor presidente e pela sua esposa, porém devemos avaliar a gravidade do ato pelos seguintes motivos: Primeiro, por tratar-se de nosso semelhante; Segundo, por tratar-se de uma senhora e, o mais agravante, com idade suficiente para ser avó de muitos que estavam presentes; Terceiro, Por tratar-se principalmente da primeira dama do país.

Segundo o reitor da Uni Rio, Sr. Hans Jürgen Dohmann, a culpa foi da Sra. Ruth, por não ter solicitado reforço de segurança. Só que o mesmo, sabedor da qualidade dos animais que freqüentavam a universidade, deveria independentemente da solicitação, aumentar a segurança da casa, visto que, a EUTANÁSIA não é legalizada, principalmente no Brasil. Se a primeira dama não solicitou reforço na segurança, foi por imaginar estar num local freqüentado por seres humanos e não por meras cavalgaduras. Portanto, a responsabilidade pelo ocorrido é totalmente do senhor reitor, que deve agradecer a DEUS pelo fato de não ter havido maiores conseqüências em função do vandalismo.

É justo que as universidades não sejam privatizadas, concordo plenamente, porém, existem outras formas de negociação, como o diálogo, por exemplo. Feliz a Sra. Ruth quando disse: “Só com o diálogo é que realmente poderemos avançar na educação, para construir um Brasil melhor”. Nota “10” com louvor para a Sra. Ruth, pela maneira honrada e educada com que se portou quando dos xingamentos. Nota “0” com escárnio para os moleques que mostraram não merecer o convívio com uma sociedade civilizada.

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O texto descrito acima é, na íntegra, de um artigo que escrevi e foi publicado no Jornal do Commércio de Recife, no mês de dezembro de 1998. Passados mais de 10 anos e como podemos observar, lamentavelmente nada mudou. Aliás, mudou sim, mudou pra pior, haja vista os tristes acontecimentos no trote dos calouros de São Paulo, onde além de outras aberrações, resultou também em queimaduras de 2º grau na jovem Priscila Vieira Muniz, grávida e do jovem Bruno César Pereira, internado com coma alcoólico, por ter sido forçado a beber excessivamente. Recentemente tivemos a triste notícia através da imprensa mundial das tragédias ocorridas nos Estados Unidos e na Alemanha. Agora, cabe mais uma vez a pergunta: “Cadê a EDUCAÇÃO?” Com a palavra as autoridades constituídas.

R.S. Furtado

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Empresariado brasileiro

O DESEMPREGO

Em 1998, morávamos eu e minha família em Recife, pois eu havia sido convidado por um amigo, para ajudá-lo na administração da empresa que ele fundara há alguns anos atrás.

Nessa época, o país estava atravessando uma fase bastante difícil, em função da escassez de mão-de-obra especializada, pois os empresários somente admitiam empregados com um ou mais anos de experiência.

Daí veio-me a ideia de escrever um artigo, conforme abaixo, (Publicado no Jornal do Commércio, edição do dia 12-04-98) com a finalidade única e exclusiva de alertar o empresariado brasileiro, pois, quem sabe, hoje, não estaríamos na situação em que estamos com relação ao desemprego.


EMPRESARIADO BRASILEIRO

Atualmente, o empresário brasileiro ao contratar alguém para assumir uma determinada função, a principal exigência é a experiência profissional um, dois ou mais anos, comprovada na carteira de trabalho.

Antigamente era bem diferente. As empresas brasileiras, bem como as multinacionais, quando da seleção de pessoal, tinham como prioridade, a formação moral, em seguida, a formação moral e a boa aparência, depois, a formação moral, a boa aparência e a experiência do (a) candidato (a), pois a primordial qualidade do (a) candidato (a) partia dos seus procedimentos morais. Após a seleção, as empresas investiam no treinamento, a fim de moldar o candidato (a), conforme as normas e preceitos da empresa.

A meu ver, não adianta a empresa ter no seu quadro de pessoal, um funcionário dotado da mais alta experiência e boa aparência, sem as mínimas condições morais de conviver numa empresa ou sociedade.

Apreciaria muito, saber qual o futuro que se nos apresenta, se o jovem de hoje não é contemplado com uma oportunidade de trabalho, visto que, somente os experientes são agraciados com essa premiação.

Alerto aos Srs. Empresários que, além de inflacionar a mão-de-obra, estão impedindo a formação de novos profissionais, pois hoje, aqueles que ocupam um cargo ou função em qualquer segmento empresarial, todos sem exceção, um dia, por morte, invalidez ou outro motivo qualquer, terão de se afastar. Portanto, gostaria de saber qual a solução que o empresário brasileiro terá para suprir essa lacuna, pois, no futuro, vamos ter, nada mais, nada menos, que um verdadeiro contingente de inexperientes que, quando jovens, não tiveram a tão necessitada oportunidade para obtenção da experiência, hoje tão falsamente denominada de “FATOR ESSENCIAL”.

R.S. Furtado

domingo, 30 de novembro de 2008

Dizes-me com quem...

DIZES-ME COM QUEM ANDAS QUE TE DIREI QUEM ÉS

Lembro-me como se fosse hoje, aos nove anos de idade, morávamos, eu, meu pai, minha mãe, quatro irmãs e um irmão, numa vila, composta apenas de oito casas, construída numa pequena parte de um terreno de propriedade da Fábrica Tacaruna, situada na cidade de Olinda. Atualmente, em todo o terreno, inclusive onde se situava a vila, nada mais resta, a não ser a fábrica e o imponente Centro de Convenções de Pernambuco, que foi construído posteriormente. Mas, voltando ao passado, num certo dia já à tardinha, apareceu em nossa casa o Sr. José Lopes, proprietário de uma barraca, localizada próximo ao local onde nós (crianças) jogávamos bola, e falou pra minha mãe.
- D. Adelaide, eu vim aqui lhe dizer, que seus filhos quebraram um dos meus depósitos de confeitos. Minha mãe então perguntou:
- O senhor viu se foram eles?
- Não! Não vi, mas os meninos disseram que foram eles, Respondeu o barraqueiro. Minha irmã, mais velha que nós, eu e meu irmão, ouvindo toda a conversa,falou:
- Não mãezinha! Não foram eles, eles passaram a tarde toda comigo, pois eu estava ensinando os deveres de casa pra eles. Minha mãe em seguida afirmou:
- Tudo bem seu Zé Lopes, no sábado, que é quando eu recebo dinheiro, o senhor venha que eu lhe pago. Ah! Traga a tampa do depósito.
Minha mãe trabalhava na fábrica durante o dia, e a noite labutava numa máquina de costura até altas horas. Logo após a saída do Sr. José Lopes, minha mãe exclamou:
- Banheiro todos dois! Quando ela mandava para o banheiro, era cacete na certa, o pau ia comer. Minha irmã, já sabendo qual seria o resultado, falou:
- Mas mãezinha!...
- Eu sei! Eu sei que não foram eles, porém, vão apanhar para aprenderem a escolher melhor as companhias, se fizeram isso com um simples depósito de confeitos, quem sabe, amanhã farão com alguma coisa de maior valor, atalhou minha mãe.
A lição que minha mãe nos deu, foi o suficiente para que nós entendêssemos que aquelas não eram as companhias ideais, e aí, partíssemos em busca de novas amizades, procurássemos pessoas honestas, com grandeza de caráter e que realmente merecessem o nosso afeto, pois o caráter do ser humano se mede pelas suas atitudes.O que me fez lembrar essa história, foi o conchavo político feito entre a governadora Vilma de Faria e o senador Garibaldi Alves, durante a campanha passada para a Prefeitura do Natal, a fim de apoiar a candidatura da deputada Fátima Bezerra.Na campanha de 1985, também para a Prefeitura do Natal, ambos eram candidatos, viviam se digladiando, nenhum dos dois prestava, ou seja, um sempre botando defeitos no outro.Quando na campanha de 2000 para a prefeitura de Natal, a professora Wilma de Faria, já rompida politicamente com o senhor José Agripino, recebe o apoio do então governador, senhor Garibaldi Alves e é reeleita prefeita de Natal. Aí, as coisas haviam mudado, ambos eram bonzinhos, honestos, trabalhadores, passou-se uma vassoura, e toda sujeira foi parar embaixo do tapete. Em 2002, Wilma de Faria foi eleita governadora com mais de 60% dos votos válidos, concorrendo com o senhor. Fernando Freire. Acontece porém, que o senhor Garibaldi Alves, que na época havia renunciado ao governo e era candidato a uma vaga no senado, apoiava a reeleição do seu ex vice. Nessa altura dos acontecimentos, já não se faz necessário ser cigano para adivinhar o que aconteceu, as farpas começaram a se cruzar no ar, ambos voltaram a não prestar, e a sujeira que estava em baixo do tapete afluiu. Já na campanha para governador em 2006, por ter sido mais recente, com certeza todos se lembram, os ataques ressurgiram com maior intensidade, inclusive, o senhor Garibaldi Alves embolsou todo dinheiro da venda da COSERN, segundo acusações da senhora Wilma de Faria, que por outro lado, foi acusada de conivência com a formação do bloco Foliaduto, criado pelo seu irmão Carlos Faria, ex secretário da Casa Civil, auxiliado pelo Sr Ítalo Gurgel, ex Coordenador do Gabinete Civil da Governadoria, e demais associados. O resultado todos nós sabemos, veio a reeleição e, queira ou não, o povo potiguar vai ter que suportar a senhora Wilma até 2010. Hoje as coisas vão muito bem, obrigado. Existe uma harmonia incrível entre ambos, as mazelas desapareceram, os ataques sumiram, passaram novamente ao status de bonzinhos, e toda sujeira voltou ao seu habitat anterior, ou seja, em baixo do tapete.E a deputada Fátima Bezerra? Será que vai bem? Será que esse malfadado apoio lhe rendeu voto? Ou será que somente lhe tirou voto? Eu particularmente acredito na segunda versão, pois ao aceitar o apoio, a deputada igualou-se a eles. O povo pode até ter esquecido alguns fatos do passado, porém, tenho plena convicção que não esqueceram aquele ditado que diz: Dizes-me com quem andas que te direi quem és. Será que a deputada aprendeu?

Rosemildo Sales Furtado

E-Mail:pio1furtado@oi.com.br