domingo, 30 de novembro de 2008

Dizes-me com quem...

DIZES-ME COM QUEM ANDAS QUE TE DIREI QUEM ÉS

Lembro-me como se fosse hoje, aos nove anos de idade, morávamos, eu, meu pai, minha mãe, quatro irmãs e um irmão, numa vila, composta apenas de oito casas, construída numa pequena parte de um terreno de propriedade da Fábrica Tacaruna, situada na cidade de Olinda. Atualmente, em todo o terreno, inclusive onde se situava a vila, nada mais resta, a não ser a fábrica e o imponente Centro de Convenções de Pernambuco, que foi construído posteriormente. Mas, voltando ao passado, num certo dia já à tardinha, apareceu em nossa casa o Sr. José Lopes, proprietário de uma barraca, localizada próximo ao local onde nós (crianças) jogávamos bola, e falou pra minha mãe.
- D. Adelaide, eu vim aqui lhe dizer, que seus filhos quebraram um dos meus depósitos de confeitos. Minha mãe então perguntou:
- O senhor viu se foram eles?
- Não! Não vi, mas os meninos disseram que foram eles, Respondeu o barraqueiro. Minha irmã, mais velha que nós, eu e meu irmão, ouvindo toda a conversa,falou:
- Não mãezinha! Não foram eles, eles passaram a tarde toda comigo, pois eu estava ensinando os deveres de casa pra eles. Minha mãe em seguida afirmou:
- Tudo bem seu Zé Lopes, no sábado, que é quando eu recebo dinheiro, o senhor venha que eu lhe pago. Ah! Traga a tampa do depósito.
Minha mãe trabalhava na fábrica durante o dia, e a noite labutava numa máquina de costura até altas horas. Logo após a saída do Sr. José Lopes, minha mãe exclamou:
- Banheiro todos dois! Quando ela mandava para o banheiro, era cacete na certa, o pau ia comer. Minha irmã, já sabendo qual seria o resultado, falou:
- Mas mãezinha!...
- Eu sei! Eu sei que não foram eles, porém, vão apanhar para aprenderem a escolher melhor as companhias, se fizeram isso com um simples depósito de confeitos, quem sabe, amanhã farão com alguma coisa de maior valor, atalhou minha mãe.
A lição que minha mãe nos deu, foi o suficiente para que nós entendêssemos que aquelas não eram as companhias ideais, e aí, partíssemos em busca de novas amizades, procurássemos pessoas honestas, com grandeza de caráter e que realmente merecessem o nosso afeto, pois o caráter do ser humano se mede pelas suas atitudes.O que me fez lembrar essa história, foi o conchavo político feito entre a governadora Vilma de Faria e o senador Garibaldi Alves, durante a campanha passada para a Prefeitura do Natal, a fim de apoiar a candidatura da deputada Fátima Bezerra.Na campanha de 1985, também para a Prefeitura do Natal, ambos eram candidatos, viviam se digladiando, nenhum dos dois prestava, ou seja, um sempre botando defeitos no outro.Quando na campanha de 2000 para a prefeitura de Natal, a professora Wilma de Faria, já rompida politicamente com o senhor José Agripino, recebe o apoio do então governador, senhor Garibaldi Alves e é reeleita prefeita de Natal. Aí, as coisas haviam mudado, ambos eram bonzinhos, honestos, trabalhadores, passou-se uma vassoura, e toda sujeira foi parar embaixo do tapete. Em 2002, Wilma de Faria foi eleita governadora com mais de 60% dos votos válidos, concorrendo com o senhor. Fernando Freire. Acontece porém, que o senhor Garibaldi Alves, que na época havia renunciado ao governo e era candidato a uma vaga no senado, apoiava a reeleição do seu ex vice. Nessa altura dos acontecimentos, já não se faz necessário ser cigano para adivinhar o que aconteceu, as farpas começaram a se cruzar no ar, ambos voltaram a não prestar, e a sujeira que estava em baixo do tapete afluiu. Já na campanha para governador em 2006, por ter sido mais recente, com certeza todos se lembram, os ataques ressurgiram com maior intensidade, inclusive, o senhor Garibaldi Alves embolsou todo dinheiro da venda da COSERN, segundo acusações da senhora Wilma de Faria, que por outro lado, foi acusada de conivência com a formação do bloco Foliaduto, criado pelo seu irmão Carlos Faria, ex secretário da Casa Civil, auxiliado pelo Sr Ítalo Gurgel, ex Coordenador do Gabinete Civil da Governadoria, e demais associados. O resultado todos nós sabemos, veio a reeleição e, queira ou não, o povo potiguar vai ter que suportar a senhora Wilma até 2010. Hoje as coisas vão muito bem, obrigado. Existe uma harmonia incrível entre ambos, as mazelas desapareceram, os ataques sumiram, passaram novamente ao status de bonzinhos, e toda sujeira voltou ao seu habitat anterior, ou seja, em baixo do tapete.E a deputada Fátima Bezerra? Será que vai bem? Será que esse malfadado apoio lhe rendeu voto? Ou será que somente lhe tirou voto? Eu particularmente acredito na segunda versão, pois ao aceitar o apoio, a deputada igualou-se a eles. O povo pode até ter esquecido alguns fatos do passado, porém, tenho plena convicção que não esqueceram aquele ditado que diz: Dizes-me com quem andas que te direi quem és. Será que a deputada aprendeu?

Rosemildo Sales Furtado

E-Mail:pio1furtado@oi.com.br

domingo, 16 de novembro de 2008

TABAGISMO-VAMOS LARGAR?

“TABAGISMO"

VAMOS LARGAR?



Todos nós sabemos dos malefícios que o fumo causa a saúde, como também, que o seu uso continuado provoca intoxicação no organismo e, consequentemente a dependência.

Sabemos também o quanto é difícil e sacrificante a parada brusca, ou seja, largar o vício de uma vez, do dia pra noite, pois o organismo passará a pedir a tão nociva nicotina, e assim, o processo será muito doloroso.

Pensando nisso, criamos o processo por redução que, com certeza, será muito menos penoso e consiste no seguinte:

PROCESSO POR REDUÇÃO
1º Passo: Compre uma piteira -pode ser das mais baratas- ou faça canudos de papel, onde você possa usar pequenos tufos de algodão como filtros, pois com esse procedimento, a quantidade de nicotina enviada para o organismo será bastante reduzida.

2º Passo: Calcule o tempo de intervalo entre um cigarro e outro fumado, usando a seguinte fórmula:

24 - HDD - HR x 60 : QCD

Onde:
24 = Quantidade de Horas do Dia.
HDD = Horas Dormidas por Dia.
HR = Horas de Refeições.
60 = Minutos por Hora.
QCD = Quantidade de Cigarros por Dia.

Exemplo: Durante o dia, uma pessoa fuma 20 (vinte) cigarros, dorme 08 (oito) horas e passa 01 (uma) hora com as refeições. Qual o tempo de intervalo entre um cigarro e o outro?

CÁLCULO

24 - 8 - 1 = 15
15 x 60 = 900
900 : 20 = 45

Resposta: O tempo de intervalo entre um cigarro e o outro é de 45 (quarenta e cinco) minutos.

3º Passo: Sabendo-se que o intervalo é de 45 minutos, vamos utilizá-lo como base para início do tratamento.

INÍCIO DO TRATAMENTO

Comece o tratamento fumando a metade do cigarro de 30 em 30 minutos, ou seja, a cada meia hora, durante 02 (dois) dias.



Nota: Pode-se até pensar que a redução será mínima, mas, se somarmos a redução dos 15 (quinze) minutos, mais a redução com o uso da piteira ou dos canudos de papel, concluiremos que a redução de nicotina será bastante considerável.

Continuando o tratamento, o intervalo deverá ser aumentado para 45 (quarenta e cinco) minutos, durante os 02 (dois) dias seguintes, ou seja, nos terceiro e quarto dias.

Nos dias seguintes (5º e 6º), aumente o intervalo para 60 (sessenta) minutos, ou seja, 01 (uma) hora.

Nessa fase, com intervalo de 60 (sessenta) minutos para cada meio-cigarro, 01(hum) cigarro será fumado a cada 120 (cento e vinte) minutos, o que é igual a 02 (duas) horas. Por outro lado, o processo de desintoxicação já estará bastante acentuado e o organismo cobrando bem menos nicotina.

Dando seqüência ao tratamento, com o aumento de 15 (quinze) minutos no intervalo a cada 02 (dois) dias, fecharemos o 14º dia com intervalo de 120 (cento e vinte) minutos, ou seja, 02 (duas) horas para cada meio-cigarro.

Ao chegarmos nesse ponto, constataremos que somente 01(hum) cigarro está sendo fumado a cada 04 (quatro) horas e, se fizermos um retrospecto e compararmos com os 20 (vinte) cigarros fumados por dia antes do início do tratamento, concluiremos que um longo e vitorioso caminho foi percorrido, podendo então, optar pelo consumo de 06 (seis) meio-cigarros, a serem fumados obedecendo ao seguinte critério:

Meio depois do café e meio no intervalo com o almoço.
Meio depois do almoço e meio no intervalo com o jantar.
Meio depois do jantar e meio no intervalo com a cama.

Esse critério poderá ser seguido durante 15 (quinze) dias ou menos.

Passado esse período, os meio-cigarros fumados nos intervalos serão eliminados e o consumo diário passará a ser de 01(hum) cigarro e meio, até que os mesmos sejam esquecidos a partir do café da manhã.

Observações:

Não adianta malhar em ferro frio.
Querer é poder! Basta tão somente uma pequena dose de sacrifício.
Somente as pessoas fortes, com boa vontade, caráter e determinação conseguirão se libertar do vício.
As montanhas suavizam-se a voz do posso e derretem-se a voz do quero.

BOA SORTE!

Rosemildo Sales Furtado

E-mail: pio1furtado@oi.com.br
Pio1furtado@hotmail.com.br