domingo, 6 de fevereiro de 2011

A um pai.


A UM PAI

Fitando longe os teus passados dias,
vendo tingidas de mortais palores
trêmulas crenças, entre murchas flores,
em pó desfeitas puras alegrias;

em sonho, em riso, em lágrimas dirias:
"A noite rola fúnebres vapores...
Mas brilha a estrela d'alva! Aos seus fulgores
é verde o campo, o mar tem harmonias".

Era esse filho que adoravas tanto,
na densa névoa da alma entristecida,
azul estrela, da alvorada o canto!

Cedo trocou-se na estação querida
do orvalho a gota em pérola de pranto,
morreu em flor a flor de tua vida.

Pedro Luís Pereira de Sousa


Pedro Luís Pereira de Sousa nasceu em Araruama no dia 13 de dezembro de 1839, e faleceu em Bananal no dia 16 de julho de 1884, foi um advogado, jornalista, político, orador e poeta brasileiro.

Filho do Comendador Luís Pereira de Sousa e Dona Carlota Viterbo de Sousa.

Foi deputado em dois mandatos, ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente da província da Bahia, de 29 de março a 11 de dezembro de 1882 e de 16 de dezembro de 1882 a 14 de abril de 1884.

Como ministro interino da Agricultura, Comércio e Obras Públicas pede para Machado de Assis continuar como oficial de gabinete.

Em 1880 foi agraciado com o título de conselheiro do Império.

Era tio do presidente Washington Luís Pereira de Sousa.

É o patrono da cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras. Em 1934 a academia publicou os seus Dispersos.

Fonte: Wikipédia.

8 comentários:

Anônimo disse...

INTERESANTE TEXTO, MUY INSTRUCTIVO Y POÉTICO.
UN ABRAZO

chica disse...

Muito lindo esse texto a um pai...

Voltei das férias, agora em casa, me acostumando com o calorão da cidade sem praia por perto...abraços,chica

Marisa Mattos disse...

Que blog lindo e de bom gosto..e nao estou falando de estética e sim de conteúdo..Parabéns!!!

Anônimo disse...

Olá meu querido,a viagem me fez bem sim rs.
Adorei o poema.
Parabéns sempre pelo bom gosto.
Um beijo grande.

Wanderley Elian Lima disse...

Olá amigo
Um triste poema, porém belo.
abração

Lau Milesi disse...

Olá Furtado, como vai?Muito bonito o poema.
Destacos esses versos que me tocaram:
..."Era esse filho que adoravas tanto,na densa névoa da alma entristecida,azul estrela, da alvorada o canto"!

O poeta me parece carregar uma depressão,uma angústia... mas a presença do filho transformava a densa névoa da alma que ele trazia, não é Furtado?

Ele era de Ararauama, estou vendo. Gosto daqueles lados de lá, amigo. A Região dos Lagos é bem bonita.

Um beijo pra você e pra família. Parabéns pela postagem. Precisamos de cultura mesmo.

E.T. Obrigada por sua visita e por seu generoso comentário. :)

Flor de Lótus disse...

Pais são homens de lutas as vezes inglorias, pais deixam o lar aos cuidados da mãe em busca de um futuro melhor para os filhos,mal sabem eles a falta que fazem ao lar...
Uma ótima semana!
Beijos

Marisa Mattos disse...

Entao...vim correndo retribuir...virei seguidora tbm...Beijos!!!