AMARGA
MISSÃO
Já
não mais sei quem sou,
Nem
tampouco quem eu era
Se
fui feliz ou não, já passou,
Vivo
a vida numa eterna espera.
Dos
dias que a mim decretou,
O
destino a uma lida severa.
Já
não mais tenho esperanças,
De
algo de bom nesta vida.
Perambulo
em minhas andanças,
Buscando
um pouco de guarida.
Sem
nada deixar de lembranças,
Até
a hora da minha partida.
Sou
um ser que não vive, vegeta,
E
quem sabe, talvez sem coração.
Que
veio ao mundo só cumprir a meta,
De
penar em constante solidão.
E
a uma vida de sofrimentos era certa,
Pois
essa era a sua amarga missão.
R.S.
Furtado