segunda-feira, 22 de julho de 2019

O Camelô.


O CAMELÔ 

Nunca parece qualquer tipo à toa,
Pois é correto sempre no trajar.
As transações procura trapacear,
Levando a vida para sempre boa.

Na certeza de inocentes encontrar,
Nas esquinas e praças apregoa.
Alto, estridente, que distante ecoa,
O que tem então para mercadejar.

E ele assim, bons partidos vai tirando,
No seu viver de um simples vagabundo,
Seus dias a vencer com pouca lida.

Palhaço que vai bem desempenhando,
No imenso circo que é este nosso mundo,
A pantomima arte da torpe vida.

R.S. Furtado

7 comentários:

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Gostei amigo Rosemildo e aproveito para desejar uma boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

Anônimo disse...

Isso sem contar com a lábia dele.

Elvira Carvalho disse...

Em Portugal lhes chamamos "os vendedores de banha da cobra"
Abraço

A Casa Madeira disse...

Uns ganhando a vida outros nem tanto.
Obrigada pela sua presença lá na casa andavas desaparecido!
Abraços.

Jaime Portela disse...

É sempre melhor trapacear do que roubar...
Magnífico soneto, gostei muito.
Caro Furtado, um bom fim de semana.
Abraço.

SOL da Esteva disse...

Um modo de vida alternativo e rendoso, ou o suficiente para ser mantido.
Bom Soneto social.



Abraço
SOL

Tais Luso de Carvalho disse...

Estão espalhados pelas nossas ruas, pelos lugares mais impróprios, mas coitados... de que viverão?
Outros espalhados sem nada vender, só a pedir e a sujar.
Enfim...
Gostei do soneto, levava-nos a pensar...
Beijo, Amigo! Um bom domingo.