INFÂNCIA
Não
mais existe, a casa em que passei,
Meus
descansados dias de criança.
O
parreiral, que em sua sombra mansa,
Minhas
primeiras lições estudei.
O
jardim em flor - grata lembrança -,
Onde
azuis borboletas eu peguei.
O
cajueiro que em alta trança,
Sem
temor tantas vezes me embalei.
O
trajeto da vida hoje eu seguindo,
As
mortas ilusões eu vou deixando.
Enquanto
vagos sonhos vêm surgindo,
Só
a infância nos dá num viver brando.
A
morte, um doce adormecer sorrindo,
E
um despertar pela manhã brincando.
R.S.
Furtado
7 comentários:
A infância passa, mas a criança fica dentro de nós e ajuda a viver e encarar a vida! Linda poesia! abração, ótima semana,chica
Um belo poema meu amigo, gostei bastante e aproveito para desejar uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Bom dia de serenidade, Furtado!
A infância nos impulsiona a vivermos leves até o fim.
Tenha dias tranquilos!
Abraços fraternos de paz e bem
🙏🙏🙏
Olá, Rosemildo!
Ah, nossa casa de infância, a gente nunca mais esquece! Tinha tudo para nos fazer felizes.
Adorei a descrição do cenário, que envolve o poema.
Morte, que nada! A vida continua com as características dos "enta".
Beijos e boa semana.
Se a infância se foi, restaram belos versos contemporizados. Um abraço, Yayá.
Às vezes também recordo com saudades dos momentos passados na infância, na casa da vó. Tudo parecia tão simples, tão diferente, tão divertido...
Abraços e dias felizes.
O tempo da infância é inesquecível. Tudo era brincadeira. Hoje, levamos a vida demasiado a sério...
Gostei do seu soneto, é brilhante.
Caro Furtado, um bom fim de semana. E bom Carnaval.
Abraço.
Postar um comentário