segunda-feira, 18 de julho de 2016

Infância.

 


INFÂNCIA

Não mais existe, a casa em que passei,
Meus descansados dias de criança.
O parreiral, que em sua sombra mansa,
Minhas primeiras lições estudei.

O jardim em flor - grata lembrança -,
Onde azuis borboletas eu peguei.
O cajueiro que em alta trança,
Sem temor tantas vezes me embalei.

O trajeto da vida hoje eu seguindo,
As mortas ilusões eu vou deixando.
Enquanto vagos sonhos vêm surgindo,

Só a infância nos dá num viver brando.
A morte, um doce adormecer sorrindo,
E um despertar pela manhã brincando.

R.S. Furtado

12 comentários:

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Um belo poema meu amigo e os pensamentos da infância segue-nos pela vida fora.
Um abraço e boa semana.

Edum@nes disse...

Quando mais a idade aflige,
porque foi embora a infância
deixou a caminho livre à velhice
para se seguir com fé e esperança.

Tenha um bom dia amigo Furtado,
e continue com esperança escrevendo os seus belos poemas.
Um abraço.

SOL da Esteva disse...

Soneto significativo. As lembranças voltam sem que as busquemos. Elas são a Memória de vida e de saudade.
Quem me dera ser (outra vez) criança!



Abraço
SOL

Silenciosamente ouvindo... disse...

Gostei muito deste soneto amigo.
Amigo, a casa onde nasci ainda existe,
embora inabitável.
Desejo que se encontre bem.
Um abraço
Irene Alves

Lua Singular disse...

Que linda poesia amigo
Obrigada pelo carinho
Beijos
Lua Singular

Smareis disse...

Um soneto soberbo.
Me fez pensar. Me deu saudades...

Lucinalva disse...

Olá Rosemildo

Lindo poema, a minha infância foi maravilhosa, brinquei bastante junto aos meus irmãos e irmãs, momentos marcantes que guardo no coração. Desejo um belo dia.

Evanir disse...

As verdadeiras amizades são como estrelas...
Não as vemos todas as horas,
mas sabemos que elas existem.
E hoje dia do amigo estou aqui
para te deixar um carinhoso abraço.
Agradeço por fazer parte
da minha caminhada.
Deus abençoe vc sempre.
Meu abraço e eterno carinho.
Evanir.

Maria Rodrigues disse...

As doces recordações da infância.
Lindo poema.
Um abraço
Maria

Zilani Célia disse...

OI ROSEMILDO!
UM PASSEIO PELA INFÂNCIA COM MUITA DELICADEZA, PODENDO SER A DE QUALQUER UM DE NÓS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/

GERALDO RIBEIRO disse...


Olá, Rosemildo,

Infelizmente os bebês já estão nascendo com um celular na mão, os pais de hoje não querem ouvir choro, maânha e suportar birra dos seus filhos.

Um abraço, paz e bem

Tais Luso de Carvalho disse...

Poema cheio de saudades e ternura!
Parabéns, amigo!
Beijo.