VERSOS
NA TAVERNA
Para
Manuel António Álvares de Azevedo
Da
quase pueril cátedra paulista
à
pútrida frigidez prematura,
não
pôde o tempo atacar-te a alma pura
nem
calar-te a pena, pena de artista.
A
Epicureia, os dias de loucura,
os
ídolos: Byron, o vigarista,
Victor
Hugo, William ( tinha uma lista!)
todos
declamaram-te à sepultura.
Ah,
fosse-te a negra sorte mais terna
e
calasse o “Se eu morresse amanhã”,
teria
a arte seu coração mais cheio.
Já
que partiste, eu sigo p'ra taverna
(é
noite) e brindo, junto com Bertrand,
à
lira de seus vinte anos e meio.
Wilson
R.
WILSON R. é pseudônimo de Wilson Roberto de Carvalho de Almeida,
brasileiro nascido em São José dos Campos/SP, aos sete de fevereiro
de 1965. Filho de José Wilson de Almeida e Aparecida Machado de
Carvalho, o escritor orgulha-se de ter ascendência joseense desde os
avós de sua avó paterna, filhos de portugueses.
Com os pais em constante conflito de relacionamento, Wilson R. teve
uma infância bastante atribulada, estudando em diversas escolas da
cidade natal e algumas vizinhas, como Jacareí – chegou a
frequentar cinco escolas em um único ano, devido às mudanças de
endereço constantes. Entretanto, tais mudanças não interferiram...
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10 comentários:
Muito lindo o poetar desse autor! Gostei de ler! abração, ótimo DEZEMBRO! chica
Versos na taberna,
seja de noite ou de dia
quem sempre pudera
poder ler essa poesia.
Sem direito a demasia,
quem os ouvia na taberna
branco ou tinto quem bebia
deitava-se na cama dormia
antes pagava a candeia!
Belo poema amigo Furtado,
tenha um bom dia, um abraço.
Eduardo.
Um soneto pleno de arte, saber e mestria.
Gostei.
Abraços
SOL
Um poeta jovem, criador de galinhas, aqui numa bela homenagem ao Álvares de Azevedo.
Viver numa chácara em contacto com a natureza só pode ser inspirador!;-)
Boa semana, Furtado!
xx
Mais um primor de soneto. Não conhecia o autor.
Abraço
O poema é lindo, mas a vida particular do poeta foi bastante agitada. Como ele gostava de casar rsrsrs
Abraço
Quem lê o poema sem ter ciência da história de vida do escritor, como fiz, jamais vai imaginá-la. Versos bem construídos de um autor jovem e competente. Foi muito bom conhecê-lo! Abraço.
Boa tarde Furtado, escritor jovem e melancólico, resquícios da vida familiar conturbada. Gosto das observações que acompanham os sonetos que publicas. A gente vai entendendo a alma do poeta...
Agradeço por nos oferecer cultura tão rica em detalhes, abraços carinhosos
Maria Teresa
UN SONETO EXCELENTE!!!!!
UN ABRAZO
Versos maravilhoso e bem construído.
Gostei demais de conhecer.
Abraço Furtado!
Uma ótima semana!
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