A
VIOLA
Quanto
eu te amava, oh! rustico instrumento
Tu
que as maguas, as dores alivias
Da
sertaneja em mansas melodias,
Inda
hoje me vens ao pensamento!...
Puro
e boro, despertava o sentimento,
A
alma dourando, como doura os dias
O
sol – nosso conviva... e tu vertias
Teus
gemidos subtis todos ao vento...
Companheira
querida das matutas,
Confidente
fiel de seus desejos,
De
seus sonhos de amor, serenas lucias,
Como
és boa da roca nos festejos,
Quando
as morenas languidas, astutas,
Afinara
pela prima o som dos beijos!...
Sílvio
Romero
Sílvio Romero (S. Vasconcelos da Silveira Ramos R.), crítico,
ensaísta, folclorista, polemista, professor e historiador da
literatura brasileira, nasceu em Lagarto, SE, em 21 de abril de 1851,
e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de julho de 1914. Convidado a
comparecer à sessão de instalação da Academia Brasileira de
Letras, em 28 de janeiro de 1897, fundou a Cadeira nº 17, escolhendo
como patrono Hipólito da Costa.
Foram seus pais o comerciante português André Ramos Romero e Maria
Joaquina Vasconcelos da Silveira. Na cidade natal iniciou os
estudos... Leia mais aqui:
12 comentários:
Uma linda poesia de Silvio Romero, você sempre nos trás escritos muito lindos, quero te agradecer a tua visita no blog da Historinhas da Didi, é um trabalho que estou começando devagarinho, e as visitas e comentários são sempre um incentivo, abraços Luconi
Poemas que nos transportam nas cordas de uma saudade como nos sons de uma viola.
Valeu este tempo.
Cheguei a ouvir uma toada ao ver o título e imaginar, não sei porque ,que seria tua a poesia! Mesmo não sendo, adorei! Linda escolha! abração, tudo de bom,chica
Olá Rosemildo
Aqui em BH todos os sábados tem roda de viola no mercado novo. Adoro.
Abração
Aqui quase não se mais as violas....
Abraço Lisette.
Adoro este soneto de Sílvio Romero. Mais uma bela escolha, Rosemildo.
Tenha uma boa semana junto aos seus.
Abraço,
Renata
viola, música matuta....simplicidade de vida e dos sons
Mais a virtualidade de um soneto a não perder. Assim além da bela poesia, nos vamos inteirando das vidas de tempos passados.
Abraços
Mais uma bela construção poética, escrita por um homem nascido em Lagarto (adorei o nome), e descendente de portugueses.
Sílvio Romero, um intelectual muito polémico, como todos os homens crescidos deveriam ser de vez em quando, e não seguirem apenas o rebanho...
O seu lado racionalista não o impediu, contudo de dar vazão à sua sensibilidade poética.
Um belo soneto, e um novo autor do qual nunca tinha ouvido falar. E gosto sempre muito de ler as biografias.
xx
Uma partilha deveras interessante.
Sempre a aprender...
beijo
Prezado amigo
Mais uma vez venho pedir desculpas pelo recadinho feito. (copia e cola)
Mas tem resposta a seu comentário na postagem anterior. Muito obrigada, de coração!
Hoje gostaria de agradecer a sua linda vista ao meu cantinho e em especial o seu apoio ao meu trabalho!
Muito muito obrigada!
Uma linda e muito abençoada semana para você!
Abraço amigo
Maria Alice
Prezado amigo, muito obrigado pela sua atenção e apoio na divulgação de meu livro!
que Deus o abençoe
tudo do melhor para você!
abraço fraterno!
Maria Alice
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