RENASCIMENTO
Nasci de novo. Eis-me liberto, enfim!
Foi por um Céu., de estrelas todo cheio,
Numa visão de amor, que um Anjo veio
Descendo até poisar ao pé de mim.
O beijo que me deu não teve fim...,
Apertou-me nos braços contra o seio,
Abriu os lábios segredando..., e a meio
Bateu asas e levou-me assim.
Ai! Como é doce o seio que me embala!
E como tudo é novo e mais profundo!...
Mas já não volta, ou, quando volta, é morto!
Noutro Mundo melhor eu vivo absorto,
E logo conheci que a esse Mundo
Quem vai não volta, ou, quando volta, é morto!
Jaime Cortesão
De seu nome completo Jaime Zuzarte Cortesão, nasceu em 1884 perto de
Cantanhede, mas mesmo jovem a sua família se transferiu para próximo
de Coimbra, onde iniciou os estudos. A sua vida de estudante
universitário foi uma sucessão de experiências depressa
abandonadas (passou por Grego, Direito e Belas Artes) antes de se
fixar em Medicina, que terminaria em Lisboa com uma tese que espelha
já a sua multiplicidade de interesses (A Arte e a Medicina –
Antero de Quental e Sousa Martins). A medicina não era, porém, a
sua paixão; exerceu-a sem grande entusiasmo, e cedo se entregou a
outras atividades, nomeadamente ao... Leia mais aqui:
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3 comentários:
Acredito que esse é novo pra mim!! Linda poesia e renascimento! abração, ótima semana,chica
Bom dia Furtado,
Gostei de ler sobre o multifuncional Jaime Cortesão.
E a poesia 'Renascimento' é muito bonita.
Bjs!
Um grande escritor, mas um pouco esquecido...
Caro Furtado, tem uma boa semana.
Abraço.
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