DISSABOR
Culpado sou também – confesso agora –
do imenso dissabor que me castiga,
desta saudade que em meu peito chora,
depois mudada em sons de uma cantiga.
Cego supunha amar-te à moda antiga,
de dentro vinha o que eu mostrava fora.
Em minha solidão a dor me obriga
a revelar-te o mal que me apavora.
De nossa ligação, jamais eu via
os laços frouxos do começo ao fim,
dissimulados pela fantasia.
O rompimento nos provou assim
os exageros da paixão tardia
que felizmente se afastou de mim.
Eugênio de Freitas
Eugênio de Freitas (Eugênio Martins de Freitas) nasceu no Brejo,
MA, a 15/05/21. Advogado, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial,
aposentado como Diretor-Geral do TER, MA. Um dos fundadores do
Instituto dos Advogados do Maranhão e da Academia Maranhense de
Letras Jurídicas. Ex-Vice Presidente da OAB do Brasil (Secção do
Maranhão). “Membre d'honneur” da “S.P.E.R. Societé des Poètes
et Écrivains Régionalistes”, de Nimes, França, e de várias
entidades culturais do Brasil. Prêmios: Doutor em Leis, honoris
causa, pela “Samuel Benjamin Thomas University” , de Londres,
Inglaterra; Atestado de Reconhecimento Artístico e Cultural,
conferido pela... Leia mais aqui:
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4 comentários:
Confissão de culpa e amor que se foi...Lindo dissabor em poesia! abraços,chica e lindo fds!
Meu amigo
Mais uma bela escolha de um poema lindo e um poeta que não conhecia e adorei ler.
Um beijinho com carinho e bom fim de semana
Sonhadora
EXCELENTE POEMA!!!! GRACIAS POR COMPARTIRLO.
UN ABRAZO
http://enancasdelarazon.blogspot.com/
Rosemildo
Trazes sempre excelente poesia, como é o soneto de Eugénio de Freitas. Estou muito de acordo com os comentários que vi.
Deixo os parabéns, apurada sensibilidade na seleção.
Abraços
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