SHAKESPEARE, LV
Nem mármore ou
dourados monumentos
De reis viverão mais
do que estas rimas:
Brilharás nestes
lúcidos acentos
Além da suja pedra
onde te encimas.
Quando as guerras
tombarem as estátuas,
Arrancando as raízes
do granito,
Nem Marte com seu fogo
e as armas fátuas
Matarão a memória do
meu grito.
Contra a morta, e o
total esquecimento,
Caminharás eterna nos
meus versos
Que te exaltam, momento
por momento,
Nos olhos mais
distantes e dispersos.
Se contam teu futuro
sem o serem,
Vives dentro de todos
que me lerem.
Guilherme Figueiredo
Guilherme de Oliveira
Figueiredo (Campinas SP 1915 – Rio de Janeiro RJ 1997). Autor.
Dramaturgo cujas peças são voltadas para temas mitológicos. Em sua
maioria, escritas com uma abordagem cômica.
Formado em direito,
inicia-se fazendo crítica teatral, em O Jornal, e literária no
Diário de Notícias, ambos no Rio de Janeiro. Estreia como
dramaturgo em 1948 com a comédia Lady Godiva e o drama Greve Geral,
ambos montados pela companhia de Procópio Ferreira. No ano seguinte,
surge Um Deus Dormiu Lá em Casa, inspirada em temática grega,
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5 comentários:
Sempre escolhas legais aqui,Rosemildo! Que teu dia seja lindo e inspirador! abração,chica
Não conhecia o poeta.
O soneto é brilhante, gostei muito.
Foi uma excelente escolha poética.
Furtado, tem um bom domingo e uma boa semana.
Abraço.
Rosemildo, goste bem do soneto postado de Guilherme de Figueiredo, mais gostei de ter lido:
" Ninguém é o escritor que quer (ou que os outros querem), mas o escritor que pode ser, o escritor que traz dentro de si mesmo".
Estou plenamente, de acordo.
Abraços
Boa tarde Furtado :)
Gostei dos versos fabulosamente bem escritos de Guilherme Figueiredo.
Foi bom ler sobre mais este autor, que eu desconhecia.
Uma ótima semana.
Abraços \o/
POEMA MUY PRECIOSO. GRACIAS.
UN ABRAZO
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