INCENSO
Quando
dentro de um templo, a corola de prata
do
turíbulo oscila e todo ambiente incensa,
fica
pairando no ar, intangível e densa,
uma
escada espiral que aos poucos se desata.
Enquanto
bamboleia essa escada e suspensa
paira,
uma ânsia de céus o meu ser arrebata,
e
por ela a subir numa fuga insensata,
vai
minha alma ganhando a rumo azul da crença.
O
turíbulo é uma ave a esvoaçar, quando em quando
arde
o incenso... Um rumor ondula, no ar se espalma,
sinto
no meu olfato asas brancas roçando.
E,
sempre que de um templo o largo umbral transponho,
logo
o incenso me enleva e transporta minha alma
à
presença de Deus na atmosfera do sonho.
Gilka
Machado
Leia mais um soneto e a biografia da autora aqui:
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5 comentários:
Linda poesia ,bem inspirada no s incensos. Uma coisinha pra contar; sempre gostei deles...Colocava em casa, perfumando...Porém nossa cachorra tinha alergia à eles...Asim, nunca mais usei e hoje quem tem alergia sou eu,rs abração,chica
Un poema repleto de aromas!
Preciosa entrada, te deseo un hermoso día!
Besos.
Rosemildo, tenho notado em ti pendor erudito, quer quando os poemas são escritos por ti, quer quando divulgas outras peças, como este Soneto de Gilka Machado.
Abraço
Gostaria de partilhar contigo a postagem que publiquei hoje, dia 28/02/14, no meu blog A CASA DA MARIQUINHAS/
Desde já o meu “Bem hajas!”
PS – Desculpa o “copy & paste”
OI ROSEMILDO!
TÃO SUAVE ESTA POESIA, COMO O INCENSO A SE VOLATIZAR NO AR...
MUITO BOM TEU POST.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
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