BANZÉ
DE CUIA
Negro
tá com morrinha
tá
com o diabo no couro
e
não provoca, não, cabra safado
porque
do contrário vai haver banzé de cuia,
forrobodó.
Em
casa a negra velha tá fula de raiva,
já
andou dando sopapos no marido,
espremendo
os moleques
e
xingando a vizinha,
que
não lhe quer emprestar
um
pires de farinha.
Não
mexe com o negro, não, negrada.
Ele
está acuado e não quer prosa, não.
Negro
entra no boliche,
pede
fiado um “mata-bicho”
e
senta na calçada, cuspindo:
– Porcaria
de vida...
Lobivar
Matos
Lobivar Barros de Matos,
(Corumbá, 11 de janeiro de 1915 – Rio de Janeiro, 27 de outubro de
1947), marcou sua vida artística pela simplificação da assinatura
Lobivar Matos, autor de Areôtorare:
poemas
boróros (1935) e de Sarobá
(1936).
Alguns escritos sobre a vida do autor revelam que sua infância, pela
região pantaneira, fora digna de uma infância comum. No entanto, o
mesmo não pode ser dito de sua juventude, repleta de atitudes fortes
e marcantes principalmente pelo que pode ser visto em sua composição
poética.
Partido
das considerações publicadas num artigo escrito por José Octávio
Guizzo, a pesquisadora Susylene Araújo afirma em... Leia mais aqui:
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3 comentários:
Muito legal o modo de poetar desse autor! Gostei! abração,chica
...É quem haverá de contestar a porcaria de vida que está a muitos por molestar, bem como dizia carlos Drumond de Andrade: "Eta vida besta meu Deus"
E não é?
Passei na sua postagem anterior, gostei e quis dar meu parecer e lá deixei...
Um grande abraço, Livinha não estará desaparecida, senão confabulando consigo mesma o tempo todo, todo o tempo...
Beijinhos
Livinha
Há! voltando para dizer que estive em João Pessoa, lá fui com as filhas para que elas conhecessem e quem acabou por conhecer fui eu, afinal o tempo passou e toda a beleza que há diz respeito ao cuidado, tratamento e configuração em capricho a ela dado. Me apaixonei, conheci outras praias belíssimas que o tio como anfitrião nos levou, que paraíso meu Deus e a honra de ser dela uma filha, me encheu os pulmões de orgulho, como é bom respirar o ar que me fiz por merecida de nascer... Lembrei de você, sabia que natal é perto de JP, mas nem me foi possível dar uma esticadinha mais. Quem sabe um dia...
Beijos meu amigo
Livinha
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