O VIOLINO DO ARTISTA
Só lhe restava o mágico
violino
nessa vida de eterno
sofrimento;
único amigo, um outro
peregrino
na rota desgraçada do
talento.
Como sentia o mísero
instrumento,
nessa alma rude, um
lenho pequenino,
que tinha em mãos do
dono um sentimento
que era “mais do que
humano, era divino!”
E juntos iam ao fulgor
das cenas
confundir num adágio as
suas penas,
irmãos na glória,
gêmeos no tormento!...
Mas morto um dia o
artista, gente absurda
quis tocá-lo... mas
ah! tinha a alma surda...
já não sentia o mísero
instrumento!...
Dunshee de Abranches
João
Dunshee de Abranches Moura (pseudônimo: Rabagas), romancista, poeta,
jornalista, orador.
Nasceu em
2/9/1867 em São Luís do Maranhão e faleceu em Petrópolis, em
1941.
Abolicionista
e republicano.
Foi
promotor de justiça em Barra do Corda e Grajaú.
Publicou
mais de 120 trabalhos, de diversos gêneros.
Obras
poéticas: Cartas de Um Sebastianista (1895), Minha Santa Teresinha
(1932), Pela
Itália (1906), Pela Paz (1895), Selva (1923), Versos de Ontem e de
Hoje (1916).
João
Dunshee de Abranches Moura foi empossado na presidência da ABI em 13
de maio de 1910, com o apoio integral do grupo que controlava a
Associação e prometendo defender a liberdade de pensamento a
qualquer custo. Em 1911, foi reeleito para mais dois anos de mandato.
Durante
sua administração, várias providências foram tomadas, como a
reforma estatutária, aprovada pela Assembléia-Geral de 23 de
janeiro de 1911, e a mudança para Associação de Imprensa dos
Estados Unidos do Brasil. Constava do novo estatuto a criação da
biblioteca e do cargo de bibliotecário... Leia mais aqui:
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2 comentários:
Mais uma escolhas das tuas ,bem boas! abração,chica
Olá, Rosemildo
Só hoje me é possível vir agradecer a sua visita à minha «CASA», e suas palavras tão gentis.
De momento não tenho muita disponibilidade de tempo, pelo que não visito os blogs amigos com a frequência que desejaria...
Mas quando tudo acalmar, e o meu livro estiver mais adiantado, já terei mais tempo livre.
Seja como for, não faltarei por aqui sempre que me seja possível.
Gostei muito deste poema e da identificação do poeta, que, infelizmente, eu não conhecia.
Muito obrigada pela partilha. Aumentou os meus conhecimentos...
Um maravilhoso fim-de-semana é o que desejo.
Beijinhos
Mariazita
(Link para o meu blog principal)
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