NESTA ÚLTIMA TARDE EM
QUE RESPIRO
Nesta
última tarde em que respiro
A
justa luz que nasce das palavras
E no
largo horizonte se dissipa
Quantos
segredos únicos, precisos,
E
que altiva promessa fica ardendo
Na
ausência interminável do teu rosto.
Pois
não posso dizer sequer que te amei nunca
Senão
em cada gesto e pensamento
E
dentro destes vagos vãos poemas;
E já
todos me ensinam em linguagem simples
Que
somos mera fábula, obscuramente
Inventada
na rima de um qualquer
Cantor
sem voz batendo no teclado;
Desta
falta de tempo, sorte, e jeito,
Se
faz noutro futuro o nosso encontro.
António
Franco
Leia
mais um belo poema e a biografia do autor aqui:
Visite também
3 comentários:
UN TEXTO SOBERBIO!!! GRACIAS POR COMPARTIRLO.
UN ABRAZO
Muito linda essa poesia,Rosemildo! abração,ótima semana!chica
"somos mera fábula, obscuramente
Inventada na rima de um qualquer
Cantor"
Forte, profundo e sem saber se tem algo a contestar. Nesse teatro instantâneo de que fazemos parte, criamos e vivemos por instante até um acontecer um simples estalos e tudo se apagar como se nem estivesse existido, porque o tempo dar-se por esquecido...
Sempre encantada
Beijinhos meu amigo
Livinha
Postar um comentário