MAL
DE AMOR
Toda
a pena de amor, por mais que doa,
No próprio amor encontra recompensa.
A lágrima que causa a indiferença
Seca-a depressa uma palavra boa!
No próprio amor encontra recompensa.
A lágrima que causa a indiferença
Seca-a depressa uma palavra boa!
A
mão que fere, o ferro que agrilhoa
Obstáculos não são que Amor não vença
Amor transforma em luz a treva densa;
Por um sorriso, Amor tudo perdoa.
Obstáculos não são que Amor não vença
Amor transforma em luz a treva densa;
Por um sorriso, Amor tudo perdoa.
Ai
de quem muito amou não sendo amado
E depois de sofrer tanta amargura
Pela mão que o feriu não foi curado...
E depois de sofrer tanta amargura
Pela mão que o feriu não foi curado...
Noutra
parte há de em vão buscar ventura:
Fica-lhe o coração despedaçado,
Que o mal do Amor, só nesse Amor, tem cura.
Fica-lhe o coração despedaçado,
Que o mal do Amor, só nesse Amor, tem cura.
Anna
Amélia
Anna
Amélia Queiróz Carneiro de Mendonça (1896-1971). Poetisa,
tradutora e feminista carioca, teve seus poemas e crônicas
publicados pelos mais importantes jornais do país. Atuou em defesa
dos direitos das mulheres e nas iniciativas promovidas pela FBPF.
Participou da Associação Damas da Cruz Verde que criou a
maternidade Pró-Matre. Ajudou a fundar a Casa do Estudante do Brasil
e a Associação Brasileira de Estudantes. Foi a primeira mulher
membro de um tribunal eleitoral do país. Traduziu poemas do inglês,
francês e alemão, inclusive duas peças de William Shakespeare. Foi
a fundadora da Casa do Estudante do Brasil (CEB), juntamente com
Pascoal Carlos Magno, localizada na Praça Ana Amélia, no Centro do
Rio de Janeiro.
Nascida
na então Capital Federal brasileira, filha do engenheiro e
colecionador José Joaquim de Queiroz Júnior, Anna Amélia passou a
infância no interior de Minas Gerais e foi educada por preceptoras
brasileiras, inglesas e alemãs. Ao retornar ao Rio, passa a viver
com a família na Estrada Nova da Tijuca. Casou-se com Marcos
Carneiro de Mendonça, goleiro e historiador. A partir de 1944 o
casal passou a residir em um palacete do século 19 no bairro do
Cosme Velho, conhecido como "Solar dos Abacaxis", por conta
dos adornos em ferro fundido que ainda hoje decoram a balaustrada das
janelas frontais do solar. A mansão foi erguida em 1843 pelo bisavô
de Anna Amélia, o comendador Borges da Costa.
Em
seu segundo livro "Alma", em 1922, a poetisa introduziu o
tema do futebol na poesia brasileira e colaborou a seu modo para
difundir e popularizar esse esporte. Ensinava o jogo aos operários
da fábrica de seu pai e dava instruções preciosas durante as
partidas. Desde muito jovem era entusiasta do esporte: no seu 12º
aniversário, pediu aos pais como presente, uma bola, uma botina de
sola grossa e começou a treinar.
Fonte: Wikipedia.
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3 comentários:
BOM DIA MEU QUERIDO !
O POEMA TRADUZ A BELEZA POÉTICA E NA LITERATURA NOS ENGRANDECE.UMA SINGELA HOMENAGEM...
BJSSSSSSSSSS
Linda poesia e gostei da biografia e conhecer mais uma! Vale aprender com Rosemildo! abração,chica
Simplesmente, adorei esse Mal de Amor.
Bom final de semana, Rosemildo.
Xeros
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