CONDOR
De
avião, numa viagem turbulenta,
sobre
os Andes, eu vi com sobressalto,
um
condor a pairar num vôo bem alto,
lutando
contra os ventos da tormenta.
Procurava
carniças sobre o abismo,
se
adernava descendo com mestria,
enfrentava
o furor da ventania
sem
os riscos temer do cataclismo.
Ao
vê-lo assim, senti-me em parceria,
lembrando
o meu labor de cada dia,
vi
nele a minha luta refletida,
Pois
eu no mundo sou seu companheiro,
procurando
as carniças do dinheiro,
lutando
contra os ventos desta vida.
Ângelo D'ávila
Nascido em Araxá - MG, aos 16 de março de 1924. Filho de José de Ávila e Camélia dos Santos Ávila. Diplomado em Bioquímica, Farmácia e Línguas Neolatinas. Perito criminal aposentado em 1981. Lecionou Português, História, Química e Biologia. Membro fundador da Associação Profissional dos Escritores de Brasília e pertence ao Sindicato dos Escritores de Brasília. Membro Efetivo (XXXVI Cadeira - Mário de Andrade) da Academia de Letras de Brasiliense - ACLEB e Membro Correspondente de inúmeras outras associações literárias. Livros (de poesias) publicados: Canções do Silêncio e Clarões Errantes. Participou de antologias de contos, como Conto Candango (1980) e Contos Correntes (1988).
Fonte:
http://www.jornaldepoesia.jor.br
Visite também:
3 comentários:
UNA DEDICATORIA DE ALAS ESTENDIDAS.
UN ABRAZO
Linda poesia e reflexão nela que o auto fez.Bela comparação! abraços, linda semana,chica
OI ROSEMILDO!
BOM POST NOS LEVANDO A CONHECER ESTE ESCRITOR E POETA DE NOSSO BRASIL.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Postar um comentário